XANTOASTROCITOMA PLEOMÓRFICO EM FOSSA POSTERIOR: RELATO DE CASO

Authors

  • Talita Aparecida Conte UNOESC - UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA
  • Santiago Cordeiro Carlet UNIOESTE
  • Tatiana Marangon Pereira UNIOESTE
  • Thomas André Fiorio
  • Carlos Frederico de Almeida Rodrigues UNIOESTE

Abstract

O xantoastrocitoma pleomórfico (PXA) é um tumor raro, de crescimento lento, localizado geralmente no compartimento supratentorial, principalmente no lobo temporal e pode envolver córtex superficial e meninges sobrejacentes. Afeta principalmente crianças e adultos jovens e corresponde a menos de um 1% das neoplasias astrocíticas. O objetivo com este resumo é relatar um caso raro de uma paciente de 60 anos de idade com xantoastrocitoma pleomórfico grau II localizado em fossa posterior. As informações presentes foram adquiridas por meio de análise do prontuário e revisão bibliográfica. Paciente do sexo feminino, 60 anos, branca, com história de cefaleia occipital há cerca de um ano antes do diagnóstico. A tomografia computadorizada de crânio revelou a presença de uma lesão cística em cisterna magna. Cerca de um mês após a tomografia, realizou-se uma ressonância magnética do crânio (RNM), que evidenciou uma lesão expansiva cística de 3,8 x 2,4 x 2,2 cm, com septações internas e paredes levemente espessadas em topografia de bulbo, com extensão abaixo do forame magno e realce parietal e septal após infusão de contraste (Imagem 1). Realizou-se craniotomia occipital com ressecção máxima e biópsia. O exame imuno-histoquímico revelou células neoplásicas imunorreativas para GFAP, S-100 e baixa atividade proliferativa ao Ki-67. Os achados levaram à hipótese de xantoastrocitoma pleomórfico grau II, e a conduta indicada foi radioterapia 50 Gy em 25 frações por um mês. Após cinco meses, a RNM de controle da lesão revelou pequena área de captação à direita do bulbo, com cerca de 1,0 x 0,7 cm, ao nível do forame magno, com possibilidade de lesão residual ou recidiva. O caso relatado é interessante em razão de dois fatores: localização anatômica do tumor e idade da paciente. Preferencialmente, o PXA é localizado no lobo temporal, em região supratentorial (LIM et al., 2013; MARTINEZ et al., 2014), enquanto no caso citado o tumor está presente no tronco cerebral, em região de fossa posterior. O PXA geralmente acomete pessoas na segunda e terceira décadas de vida e, na maioria dos casos, cursam com um desfecho favorável (LIM et al., 2013; MARTINEZ et al., 2014). Entretanto, a ocorrência em pacientes idosos pode indicar maior agressividade do tumor com pior prognóstico (SHARMA et al., 2014), como no caso da paciente relatada, que tem 60 anos de idade e apresentou recidiva nove meses após a ressecção.

Palavras-chave: Neoplasias encefálicas. Astrocitoma. Xantoastrocitoma pleomórfico.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Talita Aparecida Conte, UNOESC - UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA

Acadêmica de medicina da UNOESC

Carlos Frederico de Almeida Rodrigues, UNIOESTE

Neurocirurgião e docente da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Campus Francisco Beltrão.

References

LIM, S. et al. Prognostic factors and therapeutic outcomes in 22 patients with pleomorphic xanthoastrocytoma. J Korean Neurosurg Soc, v. 53, n. 5, p. 281-7, May 2013. ISSN 2005-3711 (Print)

-8245.

MARTINEZ, R. et al. DNA methylation alterations in grade II- and anaplastic pleomorphic xanthoastrocytoma. BMC Cancer, v. 14, p. 213, 2014. ISSN 1471-2407.

SHARMA, M. et al. Does the occurrence of pleomorphic xanthoastrocytoma in the elderly carries a poor prognosis: A case report and review of literature. Asian J Neurosurg, v. 9, n. 4, p. 237, Oct-Dec 2014. ISSN 1793-5482 (Print).

Published

2016-10-26

How to Cite

Conte, T. A., Carlet, S. C., Pereira, T. M., Fiorio, T. A., & Rodrigues, C. F. de A. (2016). XANTOASTROCITOMA PLEOMÓRFICO EM FOSSA POSTERIOR: RELATO DE CASO. Anais De Medicina. Retrieved from https://periodicos.unoesc.edu.br/anaisdemedicina/article/view/11970

Issue

Section

Resumos