MODELO URBANÍSTICO E A SEGREGAÇÃO DO INDIVÍDUO NO ESPAÇO URBANO
Resumen
Xanxerê e Chapecó são municípios localizados no Oeste catarinenses e exercem considerável influência regional. A urbanização dessas cidades é associada à atividade agroindustrial intensa, porém, ambas apresentam evidentes desigualdades sociais e espaciais. Nesse sentido, a proposta com este artigo é refletir sobre esse processo ao longo do tempo, ressaltando a expansão das cidades, a segregação socioespacial decorrente disso, além das experiências e percepções de quem as habita. Para isso se fez necessário abordar o processo de ocupação urbana, avaliando a influência de quem habita a periferia, os planos diretores, os agentes modeladores do espaço e os contextos histórico, político e econômico. A pesquisa teve como base dados temporais distintos, dos anos 1960 até 2010, além de arquivos das Prefeituras Municipais de Chapecó e Xanxerê. Constatou-se, com os resultados, a influência das instalações de algumas indústrias, ao longo da rodovia de ambas as cidades, no processo de urbanização da região. Além disso, foi possível observar o avanço da rodovia ora planejado, ora não, algumas vezes gerando impactos ambientais. Nessa perspectiva, essa avaliação fornece subsídios para refletir sobre o que o poder público e a sociedade têm feito perante a dicotomia centro-periferia, no sentido de buscar um equilíbrio de interesses econômicos, ambientais e fundamentais visando à qualidade de vida da população.
Palavras-chave: Segregação socioespacial. Plano diretor. Espaço urbano.