HABITABILIDADE: TRAÇO SOCIAL DE UM NOVO PERFIL PROJETUAL
Abstract
O setor habitacional, assim como todo o País, vive um momento único, histórico e revolucionário, visto que os usuários de um sistema ineficiente reivindicam melhorias. Mesmo a habitação brasileira estando entre os elementos de gestão com um dos maiores incentivos ao crescimento, situações que a narração cronológica descreve são oriundas da ineficácia dos sistemas de habitabilidade no Brasil, o qual ainda é vulnerável e instável. Habitar sugere conforto, flexibilidade e, principalmente, segurança, e para essa proteção, elementos como uma edificação residencial são bem vistos. Os anseios e desejos das pessoas são resumidos ao mínimo de conforto e bem-estar, e é nesse universo minimizado que os órgãos responsáveis executam as suas funções. Os recursos financeiros são limitados e usados de forma racionalizada ao extremo, seguindo recomendações e diretrizes das próprias financiadoras do crédito, a fim de conceber unidades residenciais idênticas em larga escala, como em uma linha de montagem, que, em série, produz o máximo com o mínimo de investimento possível, sendo este um dos critérios de liberação da verba, a qual, financiada, será reposta pelo usuário da unidade. Ao saber disso, é nítida a falha no setor habitacional; se as instituições financeiras regulam rigidamente a concessão do crédito, os profissionais não possuem autonomia para transcrever em ideias as soluções para as carências da população, que vê na habitabilidade popular as conquistas e o tão sonhado progresso familiar. Com isso, surgem situações de resolução momentânea sem prever que as famílias podem ter variações no estilo de vida.
Palavras-chave: Arquitetura popular. Crédito habitacional. Habitação.