INCORPORAÇÃO DE RESÍDUO DE AREIA DE FUNDIÇÃO EM MISTURAS ASFÁLTICAS USINADAS A QUENTE: AVALIAÇÃO DOS COMPONENTES PRESENTES NA ÁGUA DE SOLUBILIZAÇÃO E DO COMPORTAMENTO MECÂNICO

Autores

  • Rodrigo Limana Salla
  • Gislaine Luvizão

Palavras-chave:

Resíduo de areia de fundição, Dosagem Marshall, Compostos químicos

Resumo

O processo de fundição é um dos principais geradores de resíduos do mundo, conhecido como resíduo de areia de fundição (RAF). Por esse motivo há grande preocupação com a reutilização desse material de forma não agressiva ao meio ambiente. O presente estudo teve por objetivo avaliar quimicamente os componentes presentes na água de solubilização das diversas misturas asfálticas usinadas a quente com adição de RAF. A dosagem foi realizada pelo método Marshall, utilizando cinco teores de cimento asfáltico de petróleo (CAP). A partir do traço padrão foi encontrado o teor ótimo de CAP de 4,9% para a mistura. A porcentagem de resíduo de areia de fundição utilizada foi de 10%, quantia que foi substituta do pó de pedra. Os resultados químicos para Chumbo, Cobre, Cromo e Zinco foram satisfatórios pois os valores ficaram acima do normatizado, contudo foi verificada alteração acima do limite no composto Ferro. Os valores obtidos para os fenóis, da amostra padrão, ficaram acima do estipulado pela norma NBR 10004 (ABNT, 2004a); já as amostras contendo RAF resultaram em valores abaixo do normatizado, podendo, assim, o resíduo ter auxiliado no processo de estabilização dos fenóis das amostras. Dessa forma, a reutilização do RAF é indicada para misturas asfálticas, contudo, para seu emprego, deve ser realizada uma ampla análise química do resíduo, de modo a prevenir problemas ambientais.

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Publicado

2019-06-28

Como Citar

Salla, R. L., & Luvizão, G. (2019). INCORPORAÇÃO DE RESÍDUO DE AREIA DE FUNDIÇÃO EM MISTURAS ASFÁLTICAS USINADAS A QUENTE: AVALIAÇÃO DOS COMPONENTES PRESENTES NA ÁGUA DE SOLUBILIZAÇÃO E DO COMPORTAMENTO MECÂNICO. Unoesc & Ciência - ACET, 10(1), 15–24. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/acet/article/view/19288