Política nacional dos resíduos sólidos: possibilidades para o desenvolvimento de inovação tecnológica

Autores

  • Marcelo Langer Universidade Federal do Paraná
  • André Nagalli

Resumo

Os resíduos sólidos urbanos (RSUs) é um dos principais temas em debate por atores sociais brasileiros e mundiais, principalmente nos dias atuais, em que o crescimento populacional, a concentração urbana, o crescimento econômico e a geração de resíduos têm causado impactos ambientais e sociais em todo o território nacional, exigindo soluções imediatas para a sua gestão. Em 2010, o Governo brasileiro aprovou a Lei n. 12.305/2010, que estabelece a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), com orientações claras e medidas específicas a todos os atores de sua cadeia produtiva. Entretanto, após seis anos de implantação, esse instrumento político, que apesar de apresentar possibilidades ao desenvolvimento econômico e tecnológico, ainda não foi implementado. Os problemas oriundos da falta de gestão eficaz dos RSUs continuam potencializando-se. Os resíduos da construção civil e demolição (RCDs) também se encontram nessa mesma perspectiva negativa de gestão. O objetivo com este trabalho foi analisar a PNRS e identificar os fatores que limitam ou permitem a sua ampla aplicação. As oportunidades tecnológicas e de desenvolvimento sustentável apresentadas pela PNRS ainda estão longe de serem realidade no Brasil, gerando perdas econômicas diretas e indiretas e causando impactos à população e ao meio ambiente em razão da falta de estratégias conjuntas público-privadas e da decisão política do Governo.

Palavras-chave: Resíduos Sólidos Urbanos. Política Nacional dos Resíduos Sólidos. Resíduos da construção civil e demolição. 

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Biografia do Autor

Marcelo Langer, Universidade Federal do Paraná

Doutorando em Engenharia Florestal pela UFPR, em Avaliação da Sustentabilidade do Ciclo de Vida de produtos; graduado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (1995), mestre em Ciências Florestais pela Universidade de São Paulo (2000) e MBA pela FIA/USP em Conhecimento, Tecnologia e Inovação (2004), especialista em Construções Sustentáveis pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (2015); em Contabilidade Ambiental pela Universidade de Léon, Espanha (1995); em Floresta, Mercado e Sociedade pela Universidade de Freiburg, Alemanha (2001). Atualmente é pesquisador em Sustentabilidade da Federação de Indústrias do Paraná (Fiep) e proprietário da LPAF Ambiente e Florestas- Engenharia e Projetos Ltda., empresa de consultoria e assessoria em Gestão Ambiental e Florestal em Curitiba/PR, onde atua com mudanças climáticas, economia circular, marketing verde, tecnologia e economia low carbon, gestão da sustentabilidade e também para empreendimentos florestais e ambientais. Tem experiência na área de Gerenciamento de Operações, Gestão de Recursos Naturais, Florestais e Engenharia de Produção, com ênfase em planejamento estratégico, planejamento econômico, manejo florestal e silvicultura, desenvolvimento de sustentabilidade e responsabilidade social, desenvolvimento de imagem de marcas e produtos voltados ao meio ambiente e compromisso social e técnico de projetos e de mercado. Especialista em Certificações Ambientais, Sociais e Econômicas (FSC, ISO, Leed, Aqua). Tem experiências internacionais na América Latina e Europa em projetos florestais, sócio-ambiental e programas de sustentabilidade.

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Publicado

2017-06-05

Como Citar

Langer, M., & Nagalli, A. (2017). Política nacional dos resíduos sólidos: possibilidades para o desenvolvimento de inovação tecnológica. Unoesc & Ciência - ACET, 8(1), 69–78. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/acet/article/view/12843