Avaliação do consumo alimentar e prevalência de constipação intestinal funcional em estudantes do Curso de Nutrição
Palabras clave:
Consumo alimentar, Constipação intestinal, Estudantes universitáriosResumen
As atividades atribuídas ao homem, na escola, no trabalho ou na família provocam interferências na sua qualidade de vida, como mudanças nos hábitos alimentares, optando-se por refeições de fácil preparação. Essas mudanças favorecem o desenvolvimento das doenças crônicas não transmissíveis, como a constipação intestinal funcional. Este trabalho teve como objetivo avaliar o consumo alimentar e a prevalência de constipação intestinal funcional em estudantes do Curso de Nutrição. É um estudo de natureza quantitativa, transversal, realizado com 60 universitários, 55 do sexo feminino e 5 do sexo masculino, com idades entre 18 e 30 anos. O estado nutricional foi determinado pelo índice de massa corpórea, o consumo alimentar pelo Recordatório de 24 horas e a análise foi realizada pelo programa NutWin v.1.5. Para a identificação da constipação intestinal funcional se utilizaram os critérios de Roman III e a Escala de Bristol. A análise estatística dos dados foi realizada por meio Biostat v.5.0 utilizando o teste T Student para comparar os valores médios e o desvio padrão. O índice de massa corpórea apresentou valores de 22,6 (±3,1), caracterizando os participantes como eutróficos. Com relação ao consumo alimentar, a quantidade de energia teve média e desvio padrão iguais a 2757±551,9*, proteína 99,0±2,6, lipídeos 72,8±5,3*, carboidrato 310±48,2* e fibras 16,9±5,9, com diferença significativa entre o consumo dos nutrientes analisados (p<0,05) quando comparados às Dietary Reference Intakes (DRIS). Quanto à constipação intestinal funcional, houve prevalência de 33%. A partir dos resultados, constatou-se o consumo elevado de proteínas, gordura, carboidrato simples associado à baixa ingestão de fibras, com alta prevalência de constipação intestinal funcional entre os universitários.
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