A PERCEPÇÃO DE AGRICULTORES FAMILIARES SOBRE O SEU FAZER NO CAMPO E O ADOECIMENTO PSÍQUICO
Abstract
Nesta pesquisa teve-se por objetivo conhecer a percepção de agricultores familiares sobre o seu fazer no campo e o adoecimento psíquico, compreendendo as principais dificuldades vivenciadas e as estratégias de enfrentamento desenvolvidas em relação ao seu trabalho cotidiano. A pesquisa foi realizada por meio do método qualitativo, no qual se busca compreender os significados e as características situacionais, bem como descrever e analisar experiências mediante reflexões, discutindo-se as vivências pessoais e coletivas do grupo. Como técnica de coleta de dados, foi utilizada a entrevista semiestruturada, elaborada previamente pelo pesquisador. Os participantes da pesquisa foram dez agricultores, de ambos os sexos, entre as idades de 45 e 50 anos que residiam e trabalhavam em suas propriedades rurais no município pesquisado, este do Extremo-Oeste catarinense. Por meio desta pesquisa, compreendeu-se que a percepção dos agricultores sobre o seu trabalho no campo é positiva, e a maneira como enfrentam as suas dificuldades diz respeito às estratégias por eles inventadas ao longo de suas histórias de vida e adversidades enfrentadas no campo. Existe a dificuldade de se reconhecer e se relacionar questões emocionais com o adoecimento físico ou psíquico, questão esta decorrente de um contexto histórico de vida e de formação subjetiva.
Palavras-chave: Agricultura familiar. Adoecimento psíquico. Qualidade de vida.