Condição da mulher como propriedade em sociedades patriarcais

Autores

  • Elizandra Iop Universidade do Oeste de Santa Catarina

Resumo

As relações de poder que se estabelecem no interior das sociedades estão submetidas às bases materiais que determinam o modelo de sociedade, o status social, os papéis e as relações sociais entre os indivíduos. O desenvolvimento da sociedade humana pode ser compreendido pela análise das relações de poder entre homens e mulheres em distintos modos de produção, desde comunidades simples sem Estado e grupos matrilineares a sociedades complexas com Estado em grupos patriarcais. Com a Revolução Agrícola, estabelece-se a centralidade do papel da mulher nas relações de poder, que vai enfraquecendo ao longo da história, com o aparecimento do Estado, da propriedade privada e da família; as relações de poder passam a ser antagônicas entre homens e mulheres, passando a ser denominadas de relações patriarcais. O homem passa a ser concebido como proprietário dos meios de produção e a mulher relegada aos espaços privados e à função de reprodutora da força de trabalho. Com o advento da sociedade capitalista, é possível perceber as mesmas relações antagônicas de poder entre  homens e mulheres, todavia, com uma lenta e significativa alteração, o que leva a mulher a estender sua função para os espaços públicos, adentrando, assim, gradativamente, em espaços tipicamente masculinos e instaurando, com isso, sua emancipação política.

Palavras-chave: Relações de poder. Estado. Família. Homens. Mulheres.

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