Sexualidade e educação: o conflito entre o cultural e o biológico na atuação do educador

Autores

  • Magna Regina Tessaro Barp

Resumo

a percepção, mediante leituras e observações, de que os educadores, em sua grande maioria, apresentam grandes dificuldades em tratar das questões sexuais com filhos e alunos, fez refletir sobre as raízes de tais dificuldades, já que o surgimento do sexo e da sexualidade no ser humano foi um processo natural, lento e biológico no início e, mais tarde, acrescido do fenômeno cultural. A espécie humana, por conta de seu vasto desconhecimento sobre as questões da sua sexualidade, tem vivido de acordo com muitas crenças, tabus e preconceitos que foram alterando a biologia corporal e comportamental. Os comportamentos influenciados pela cultura, por sua vez, foram alterando inclusive a biologia do ser humano. A legislação indica a educação sexual como tema a ser discutido em aula, mas sem políticas públicas. Os educadores apresentam muitas dificuldades. O que o presente trabalho aponta não são normas de condutas para educadores, muito menos receitas para educar. A discussão aqui apresentada objetiva compreender o porquê e as raízes de tantas dificuldades e, com essa compreensão, pensar em uma educação sexual que contemple esses fatores, preparando, antes de tudo, o educador.  Diante do exposto, a pesquisa mostrou que a dificuldade que muitos educadores apresentam ao abordar as questões da sexualidade tem raízes profundas e antigas. São processos não apenas culturais, mas também biológicos, que alteram paulatinamente a maneira de ser e de agir do ser humano e fazem, silenciosamente, sua evolução.

Palavras-chave: Sexualidade. Evolução. Biologia. Cultura.

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