INCIDÊNCIA DE BACTÉRIAS ENTEROPATOGÊNICAS EM FEZES DE MORCEGOS NO MUNICÍPIO DE JOAÇABA, SC

Autores

  • Fernanda Maurer D´Agostini UNOESC
  • Roberto Degenhartd UNOESC
  • Alan Savariz Unoesc
  • Morgana Ferreira Voidaleski
  • David Liposki Biassi UNOESC
  • Franciele Mattos
  • Ana Paula Neres UNOESC

Resumo

Morcegos são animais que se adaptam facilmente aos ambientes urbanos. A interação de animais silvestres com humanos é responsável pela crescente incidência de zoonoses, bem como permite a disseminação de patógenos típicos dos humanos e animais domésticos na fauna silvestre. O fluxo de contaminação ocorre pelo contato direto com animais contaminados ou pela transmissão indireta, por meio de vetores invertebrados ou resíduos de fezes. O estudo avaliou a incidência de enterobactérias patogênicas ao homem, isoladas a partir das fezes de morcegos capturados em um fragmento florestal antropizado, no Município de Joaçaba, SC. O período de coleta foi de agosto de 2013 a maio de 2014, totalizando oito meses de esforço amostral. Foram analisadas 23 amostras fecais provenientes de 29 espécimes diferentes de morcegos: Sturnira lilium, Nyctinomops laticaudatus, Molossus molossus, Arthibeus lituratus, Eptesicus brasiliensis, Eptesicus furinalis e Histiotus velatus. As coproculturas foram realizadas empregando três protocolos de isolamento. O primeiro consistiu no isolamento direto a partir das fezes. Estas foram diluídas em 10 mL de água peptonada tamponada e, posteriormente, semeadas em ágar MacConckey. O segundo protocolo consistiu no pré-enriquecimento das fezes em água peptonada tamponada seguido de enriquecimento seletivo em Caldo Muller Kaufmann Tetrationato e isolamento em ágar MacConckey. No terceiro protocolo buscou-se o isolamento de salmonelas móveis empregando o meio semissólido Rappaport Vassiliadis como meio seletivo após o pré-enriquecimento em água peptonada tamponada. A identificação bioquímica foi realizada com kits de identificação bioquímica (EMP/MIO/Lisina/Citrato de Simmons/Rhamnose). De um total de 359 culturas isoladas, 25,35% pertencem ao gênero Citrobacter, sendo este o mais frequente, seguido de Serratia sp. 22,01%, Escherichia coli 13,09%, Klebsiella sp. 11,98%, Providencia sp. 11,98%, Morganella morganii 6,41%, Proteus sp. 4,46%, Enterobacter sp. 2,79%, Yersinia sp. 0,84%, Shigella sp. 0,56%, Salmonella arizonae 0,28%, Salmonella spp. 0,28%. As enterobactérias identificadas no estudo atuam como parte da microbiota intestinal comum de mamíferos, porém são potencialmente patogênicas ao homem, podendo atuar como oportunistas causadoras de infecção, de interesse para a saúde pública.

Palavras-chave: Zoonoses. Urbanização. Animais silvestres. Doença Bacter.

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Biografia do Autor

Fernanda Maurer D´Agostini, UNOESC

Bióloga formada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Especialista em Sistemática e Biodiversidade Animal (PUCRS), Mestre em Biociências (PUCRS) e Doutora em Zoologia (PUCRS). Atualmente trabalho na linha de pesquisa Biologia de agentes infectocontagiosos da UNOESC.

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Publicado

08-09-2015

Como Citar

Maurer D´Agostini, F., Degenhartd, R., Savariz, A., Ferreira Voidaleski, M., Liposki Biassi, D., Mattos, F., & Neres, A. P. (2015). INCIDÊNCIA DE BACTÉRIAS ENTEROPATOGÊNICAS EM FEZES DE MORCEGOS NO MUNICÍPIO DE JOAÇABA, SC. Seminário De Iniciação Científica E Seminário Integrado De Ensino, Pesquisa E Extensão (SIEPE). Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/siepe/article/view/8236

Edição

Seção

PIBIC - CNPq

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