MECANISMOS DE INSERÇÃO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL DE CORDILHEIRA ALTA – O BANCO DE DADOS COMO FERRAMENTA DE GESTÃO
Resumo
Como os demais municípios de pequeno porte do Brasil, Cordilheira Alta, SC, não se torna exceção na falta de planejamento que leve sua inserção e desenvolvimento, em âmbito regional, a nível econômico e social, correlato às cidades vizinhas já amplamente urbanizadas. Assim, a formação de mecanismos e ferramentas que possibilitem a autossuficiência do Município na gestão do seu território, diagnosticando suas potencialidades e deficiências, adentrando um planejamento estratégico que fomente o individual/compartilhado torna-se de extrema relevância, não somente ao administrador público, mas aos munícipes como um todo. Individual/compartilhado trata de como o desenvolvimento regional entre os centros mais urbanizados e os pequenos municípios ditos em ascensão que compõem uma região metropolitana, porém, interligados em ações e estratégias, com enfoque em destacar a autonomia. Não é possível conceber a sucumbência do pequeno município em arcar com o ônus de regras restritas em detrimento ao grande centro urbano, como o deslocamento dos parques industriais, preservação e restrição dos mananciais, cidades dormitórios e/ou destino de grandes aterros sanitários, todos tratados como incentivos consorciados. A ferramenta de gestão perpassa pela criação de bancos de dados digitais, interligados por meio de mapeamento georreferenciado, ou seja, o levantamento primário necessita de sistemas inteligentes e práticos para organizar a forma de gerir e administrar a informação, pautando as decisões estratégicas no âmbito da real necessidade, porém, permeia esse fim a formação qualitativa e quantitativa dos gestores. Destaca-se que os aspectos abordados no bojo urbanístico socioeconômico desse município estão pautados na conurbação e não no crescimento individual/compartilhado, instrumentalizado de mecanismos de planejamento, bem como estratégias que norteiam seu crescimento. Isso remete a compreender que o Município justifica suas ações sobre as ferramentas utilizadas pelos seus pares e não cria suas próprias normatizações. O resgate da elaboração de bancos de dados como ponto de partida fornece suporte e orientação, pois a sua criação remete a um período de tempo para correlação de variáveis, bem como o desdobro destes, a novas análises e conclusões. Como o Município não possui um sistema de gestão interligado, bem como setores técnicos de planejamento urbano municipal, há um déficit de subsídios que abrangem a coleta e a armazenagem de dados de monitoramento do espaço urbano. A implantação de mecanismos de resgate, coleta, armazenagem e aplicabilidade à gestão pública perfaz a necessidade do Município de Cordilheira Alta, com ferramentas que sejam interligadas com os setores administrativos a tal modo que abranjam da geração de subsídios à criação de normatizações e leis que efetivem na prática a aplicabilidade do planejamento e da gestão urbana sustentável.
Palavras-chave: Planejamento. Desenvolvimento. Urbano. Mecanismos. Gestão.