É POSSÍVEL INCLUIR SURDOS EM AULAS DE DANÇA? PROBLEMAS ENFRENTADOS PELOS PROFESSORES DURANTE A PRÁTICA PEDAGÓGICA

Autores

  • Patrick Zawadzki Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Tchélim Tatiane Lohrentz Acadêmica do Curso de Educação Física da UNOESC - Chapecó

Resumo

A dança propõe um tipo de conhecimento para o praticante que amplia suas concepções pessoais no sentido de harmonizar as relações motoras, afetivas e cognitivas com o meio, os objetos e as pessoas que participam da atividade. Uma prática orientada permite maior expressão da inteligência, autonomia, responsabilidade e sensibilidade. Entretanto, tudo isso ocorre por meio da percepção do ritmo, fato que leva ao questionamento sobre a capacidade dos deficientes auditivos em perceber o ritmo já que são incapazes de escutar a música. Por esse motivo, este estudo buscou identificar quais são os problemas enfrentados pelos professores de dança durante a sua prática pedagógica em turmas que apresentam um aluno surdo. Uma entrevista semiestruturada foi organizada e aplicada a três professores de dança com experiência mínima de um semestre no ensino de dança a surdos. O tema central deste estudo baseou-se no eixo temático sobre os problemas durante a prática pedagógica; duas perguntas orientavam a entrevista nesse ponto: 1) Os alunos com deficiência auditiva apresentam dificuldades em participar das aulas de dança? Quais são elas? e 2) Como ocorre a comunicação com o aluno deficiente auditivo? As entrevistas foram registradas através de uma gravação e transcritas, para, então, ser aplicada uma análise de conteúdo com auxílio do software MAXQDA (Verbi, Alemanha). Para cada problema identificado, uma categoria foi, posteriormente, criada e logo feita a contagem das frequências absolutas e relativas para identificar quais problemas mais apareciam. Os resultados identificaram que, apesar de todos os participantes afirmarem que os deficientes auditivos aprendem a dançar, a prática apresenta seis tipos de problemas: o de maior frequência é o relacionado à comunicação (37,5%), caracterizado pela falta ou lentidão de entendimento dos conceitos utilizados em aula, seguido por disritmia (25%) e falta de atenção (18,75%) e, com mesmo percentual de aparição (6,25%), surgiram problemas em saber o diagnóstico correto com o grau e nível de surdez da criança, problemas pessoais da criança e dificuldades pessoais do professor em enfrentar a situação. A tentativa deste estudo em aproximar a prática da teoria foi atingida. A partir desses conhecimentos levantados é possível concluir que a docência da dança para surdos é válida, e que esse tipo de conhecimento poderá servir de sugestão aos professores de dança para orientar sua formação e seu planejamento das aulas.

Palavras-chave: Dança. Surdos. Problemas. Inclusão. Saberes docentes.

 

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Biografia do Autor

Patrick Zawadzki, Universidade do Oeste de Santa Catarina

Doutorando em Educaçao Física, Atividade Física e Esporte pela Universidade de Barcelona.

Professor da UNOESC-Chapecó.

Tchélim Tatiane Lohrentz, Acadêmica do Curso de Educação Física da UNOESC - Chapecó

Acadêmica do Curso de Educação Física da UNOESC - Chapecó

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Publicado

29-08-2014

Como Citar

Zawadzki, P., & Lohrentz, T. T. (2014). É POSSÍVEL INCLUIR SURDOS EM AULAS DE DANÇA? PROBLEMAS ENFRENTADOS PELOS PROFESSORES DURANTE A PRÁTICA PEDAGÓGICA. Seminário De Iniciação Científica E Seminário Integrado De Ensino, Pesquisa E Extensão (SIEPE), 52. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/siepe/article/view/5120

Edição

Seção

Chapecó - Ensino

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