ANÁLISE DO CONSUMO DE SAL ENTRE OS HIPERTENSOS EM SANTA CATARINA
Resumo
Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição crônica caracterizada pela elevação da
pressão arterial, sendo um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, como infarto do
miocárdio e acidente vascular cerebral. Afetando uma parcela significativa da população adulta, a HAS é muitas
vezes assintomática, o que dificulta seu diagnóstico precoce. A adoção de um estilo de vida saudável, com
controle do peso, prática de atividades físicas e, principalmente, a redução do consumo de sódio (sal), é essencial
para a prevenção e controle dessa doença. Objetivo: Descrever o consumo de sal entre indivíduos com
diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica nos residentes do estado de Santa Catarina. Método: Estudo descritivo
com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), inquérito domiciliar realizado no Brasil em 2019, pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde (MS). A população deste estudo
foi constituída por adultos (≥18 anos de idade) residentes no estado de Santa Catarina. A presença de hipertensão
arterial sistêmica foi aferida pela pergunta “Algum médico já lhe deu o diagnóstico de hipertensão arterial (pressão
alta)?, com as opções de resposta sim e não. O consumo de sal foi avaliado por meio da pergunta “Considerando
a comida preparada na hora e os alimentos industrializados, o(a) Sr(a) acha que o seu consumo de sal é:?”, com
opções de resposta: muito alto, alto, adequado, baixo e muito baixo. Foi calculado o consumo de sal entre os
indivíduos com diagnóstico médico de hipertensão. A análise dos dados foi realizada por meio do software Stata,
sendo o efeito de amostragem por conglomerados considerado em todas as análises, pelo comando survey do
referido programa. Resultados: A amostra de interesse do estudo foi de 1.000 indivíduos. A prevalência de
hipertensão arterial sistêmica foi de 26,5%. Quanto ao consumo de sal entre esses indivíduos, 1,2% reportaram um
consumo muito alto, 10,8% alto, 57,6% adequado, 28,0% baixo e 2,4% consumo muito baixo. Conclusão: O estudo
revela que, em Santa Catarina, 260 de cada 1.000 residentes sofrem de hipertensão, e 12% destes consomem sal
excessivamente. Apesar de saberem da necessidade de limitar o sal, muitos hipertensos mantêm o hábito
prejudicial. Esse consumo elevado pode causar alterações estruturais e hemodinâmicas nas artérias, aumentando
significativamente o risco cardiovascular. Como acadêmicos de Nutrição, é urgente que abordemos e
esclareçamos os riscos para melhorar a saúde dessas pessoas e prevenir complicações graves.