MODELO PARA MENSURAR A QUALIDADE DE VIDA EM CIDADES INTELIGENTES: UMA PROPOSTA PARA OS MUNICÍPIOS DE SANTA CATARINA
Resumo
O crescimento urbano traz desafios para a sustentabilidade e qualidade de vida nas cidades. As
cidades inteligentes, que utilizam Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), surgem como solução para
otimizar serviços e promover bem-estar. No entanto, a mensuração da qualidade de vida nessas cidades é
complexa, envolvendo diversos indicadores. Objetivo: Propor um modelo para mensurar a qualidade de vida em
cidades inteligentes nos municípios de Santa Catarina, integrando indicadores tecnológicos, sociais e ambientais
para apoiar políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável. Método: A metodologia da pesquisa
seguiu um processo documental, inicialmente definindo os aspectos que caracterizam uma cidade inteligente,
como infraestrutura, serviços, governança, mobilidade e qualidade de vida. Posteriormente foram levantados um
conjunto de 40 indicadores que refletem as condições de qualidade de vida das cidades. Resultados: A escolha
dos indicadores foi estruturada em quatro eixos principais: Comunidades Sustentáveis, com foco na eficiência
energética e gestão de resíduos, Aspectos Socioeconômicos, que avaliam emprego, renda e educação,
Planejamento Urbano, destacando mobilidade e habitação, e Informação e Interação, voltado para
conectividade e participação cidadã. Esses indicadores buscam refletir a qualidade de vida em cidades
inteligentes, equilibrando sustentabilidade, equidade e tecnologia. O estudo abrangeu 30 cidades de grande,
médio e pequeno porte, e resultou na criação de uma plataforma pública, que permite a mensuração dos dados
de forma acessível. Conclusão: As conclusões do estudo mostram que o uso de tecnologias inteligentes nos eixos
de Comunidades Sustentáveis, Aspectos Socioeconômicos, Planejamento Urbano e Informação e Interação pode
melhorar a qualidade de vida nas cidades. No entanto, o estudo foi limitado a 30 cidades de Santa Catarina, o que
restringe a generalização dos resultados. Futuros estudos devem expandir a análise para outras regiões e incorporar
novas tecnologias, como inteligência artificial e IoT. O estudo contribui com um modelo de indicadores que pode
ser adaptado por gestores públicos para promover uma gestão urbana mais eficiente e sustentável.