RELAÇÃO ENTRE CRONOTIPO, QUALIDADE DO SONO E HORÁRIO DOS TREINOS REALIZADOS EM UMA ACADEMIA
Resumo
Introdução: O sono desempenha um papel substancialmente importante na recuperação e no desempenho físico
de cada pessoa. Embora muitas pessoas tenham consciência de que uma boa noite de sono é essencial para a
saúde geral, nem todas compreendem a relação direta entre o sono e o treinamento resistido. Objetivo: O
objetivo do presente trabalho é analisar a relação entre cronotipo e qualidade de sono, com o horário e
frequência nos treinos contra resistência realizados em uma academia. Método: Um estudo observacional
quantitativo, com o objetivo descrever um evento da população formulando hipóteses para seu acontecimento. A
amostra desta investigação foi formada por adultos praticantes de treinamento resistido em academias da cidade
de Xanxerê. Para a investigação foi utilizado a anamnese buscando verificar o perfil sociodemográfico e
informações relacionadas a prática da musculação. Aplicou-se o questionário de matutinidade-vespertinidade,
para classificar os participantes de acordo com sua preferência no contínuo matutinidade-vespertinidade.
Resultados: O estudo foi conduzido exclusivamente online, resultando em 47 praticantes de musculação. A maioria
é feminina (63,8%), com idade acima de 32 anos (36,1%), solteiros (64,9%), trabalhadores diurnos (91,4%), e com
carga horária semanal de 41 horas ou mais (44,6%). Na prática de musculação, a maioria frequenta 3-5 vezes por
semana (85,1%), por cerca de um ano (29,7%), visando ganho de massa muscular (36,1%), com atendimento
personalizado (59,5%). A adesão é alta, com poucos faltando ocasionalmente (44,6%) ou frequentemente (6,3%).
Quanto ao cronotipo, a maioria é indiferente (78,7%). Os resultados indicam que moderadamente vespertinos
preferem treinar nos períodos vespertino e noturno, não optando pelo matutino. Destaca-se a persistência de
moderadamente matutinos, praticando há mais de 5 anos sem faltas frequentes. Conclusão: A pesquisa destaca
que a compreensão do cronotipo como uma característica intrínseca do sistema circadiano é crucial para uma
abordagem humanizada na prescrição de exercícios, destacando a necessidade de abordagens personalizadas.
Ademais, contribui para a compreensão da relação entre cronotipo e prática de musculação, ressaltando a
importância de considerar as diferenças individuais na programação de treinos. Essas descobertas têm implicações
práticas para profissionais em academias, enfatizando a adaptação de intervenções de exercícios aos ritmos
biológicos dos praticantes para promover aderência sustentável e resultados positivos a longo prazo.