ANÁLISE DE DUAS SOLUÇÕES DE ENXAGUANTES A BASE DE FITOTERÁPICOS NA PROLIFERAÇÃO CELULAR DE QUERATINÓCITOS EXPOSTOS À CISPLATINA NA MUCOSITE ORAL QUIMIOINDUZIDA
Resumo
Introdução: O câncer é um problema de saúde pública mundial, sendo a segunda causa de óbitos no mundo. O tratamento consiste em cirurgia, radioterapia, quimioterapia e imunoterapia, visando o controle e a diminuição das células neoplásicas, porém, efeitos adversos aos métodos terapêuticos se fazem presentes, e o manejo se torna fundamental. Dentre as principais reações adversas, destaca-se a mucosite oral, caracterizada por eritema e lesões dolorosas em formato de úlceras difusas. A mucosite oral causa disfagia, prejudica a nutrição e afeta a qualidade de vida do paciente, além de, muitas vezes, interromper o tratamento oncológico. Seu tratamento permanece um desafio e engloba anti-inflamatórios, crioterapia, fotobiomodulação e antimicrobianos. No entanto, outra alternativa terapêutica é a fitoterapia, que vem sendo pesquisada. Objetivo: O objetivo desse projeto é analisar os efeitos, in vitro, de duas soluções de fitoterápicos, sendo um de camomila e outra uma associação entre camomila, calêndula e aloe vera, na mucosite quimioinduzida. Método: Para verificar os efeitos na MO quimioinduzida, a linhagem celular HaCaT foi cultivada no meio de DMEM com alta concentração de glicose, suplementado com soro fetal de bovino 10%, penicilina 1% e estreptomicina, mantidas em estufa de CO2 com temperatura controlada. Para o ensaio de proliferação celular, foram cultivadas em placas de 96 poços por 12 horas, posteriormente expostas ao quimioterápico (cisplatina 0,37ug/mL) por 24h. Então, a associação de fitoterápico (camomila + calêndula + aloe vera) e a solução de camomila foram adicionadas ao meio de cultura na concentração de 0,1mg/ml (n=4). Resultados: Após a exposição ao quimioterápico, ambas soluções apresentaram proliferação celular superior que o grupo tratado com cisplatina, porém foi inferior ao grupo não tratado com cisplatina (controle), contudo, a associação de fitoterápicos (camomila, calêndula e aloe vera), evidenciou discreto aumento comparada a solução de camomila. Conclusão: Portanto, os resultados revelam a eficácia da fitoterapia como alternativa promissora, visto que, os 2 grupos de fitoterápicos apresentaram resultados semelhantes de reepitelização celular e conseguiram aumentar a proliferação celular após o tratamento com cisplatina.