UMA EXPERIÊNCIA EM ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO ENSINO DA MATEMÁTICA: JOGOS COMO METODOLOGIA ATIVA
Resumo
O estágio auxilia na compreensão dinâmica escolar como um todo, incluindo o trabalho dos professores e a gestão da escola, proporcionando uma visão abrangente do ambiente educacional. O curso de Matemática da UNOESC – Campus Chapecó exige quatro estágios obrigatórios a partir do quinto período. Durante os "Estágios Supervisionados I e II", foram realizadas observações e práticas docentes nos Anos Finais do Ensino Fundamental. Nesse período identificamos dificuldades significativas na compreensão da matemática básica por muitos alunos. Este ensaio ressalta a importância de metodologias ativas, como o uso de jogos, para promover uma aprendizagem mais significativa.
O objetivo principal deste texto é analisar como o uso de jogos auxilia na compreensão e no desempenho dos alunos.
Buscando verificar como a LDB e a BNCC abordam a utilização de jogos no ensino da matemática, e examinando o papel do professor na escolha, aplicação e avaliação desse recurso em sala de aula, fundamentamos nosso referencial teórico, em pesquisas bibliográficas e documentais, utilizando abordagens qualitativas. De forma prática, os estágios ocorreram em uma escola cívico-militar no município de Chapecó, com observações em três turmas de 8º ano e uma turma de 9º ano, todas no período vespertino, totalizando cerca de 25 alunos por sala, majoritariamente meninas, com idades entre 13 e 16 anos.
Durante o estágio, observamos que os oitavos anos apresentaram um bom rendimento, com dificuldades na organização e realização de cálculos. O 9º ano, apesar de agitados, os alunos aproveitaram bem as aulas, mas tiveram dificuldades com potências e frações na avaliação. A professora apontou que esses problemas resultam de aprovações por conselho sem o domínio dos conteúdos e da barreira linguística enfrentada por alunos estrangeiros.
Formada há quatro anos em Licenciatura em Matemática, a professora demonstrou domínio do conteúdo e uma busca por estratégias de ensino que garantissem a compreensão dos alunos. Apesar de não utilizar a lousa digital, conduzia suas aulas no quadro branco e empregava materiais variados, como questões elaboradas pelos alunos. Ela foi receptiva à introdução de jogos em suas aulas, além de incentivar a participação em projetos para a semana do conhecimento.
Concluímos que os jogos podem ser ferramentas eficazes para desmistificar a Matemática e tornar o aprendizado mais significativo; contudo, atividades pontuais não são suficientes para superar dificuldades pré-existentes. É necessário que o professor assuma um papel mais ativo como mediador e incentivador, facilitando a construção do conhecimento pelos alunos.