MONITORIA EM AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO OBSERVATÓRIO DA APRENDIZAGEM – OBA: DADOS DO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2024

Resumo

Introdução: O Observatório da Aprendizagem – OBA é um programa do curso de Psicologia da Universidade do Oeste de Santa Catarina – Campus Chapecó (UNOESC) de ensino, pesquisa e extensão que busca avaliar crianças com dificuldades de aprendizagem. Dentre as atividades de ensino do programa está a Monitoria em Avaliação Psicológica, que objetiva realizar a avaliação de crianças e adolescentes em idade escolar a partir do 6º ano do ensino fundamental, com queixas de problemas de aprendizagem e suspeitas de transtornos e/ou outras condições atípicas do neurodesenvolvimento. A participação na Monitoria em Avaliação Psicológica do OBA constituiu-se como mais uma possibilidade de prática e desenvolvimento de competências na área da Avaliação Psicológica, com ênfase nos processos psicológicos envolvidos no contexto escolar e da aprendizagem, de crianças e adolescentes. Permite aos acadêmicos monitores a realização de análise de demandas, planejamentos e práticas de avaliação, aprimorando as habilidades e competências, trabalhando os aspectos éticos e a comunicação dos resultados. No ano de 2024 foram realizadas até o momento três avaliações psicológicas de crianças encaminhadas de escolas públicas. Objetivo: Este trabalho apresenta o processo de avaliação e o perfil das três primeiras crianças avaliadas pela Monitoria do OBA no primeiro semestre de 2024. Método: Para auxiliar a avaliação e construção do perfil neuropsicológico de cada criança foram aplicados os conhecimentos da neuropsicologia e selecionados instrumentos a partir das demandas e características de cada criança. Dentre os instrumentos e técnicas utilizados estiveram: 1) Entrevista de Anamnese; 2) Escala de Inteligência Wechsler para crianças e adolescentes 4ª Edição (WISC-IV); Mini Exame do Estado Mental versão pediátrica Ouvrier (MEEM); Teste de Desempenho Escolar 2ª edição (TDE-II); Teste Casa-Arvore-Pessoa (HTP). Resultados: Identificou-se que a maioria das crianças atendidas são do sexo masculino (2 de 3). A faixa etária variou de 12 a 15 anos completos, sendo que estavam cursando entre o 5° e 7° ano. As três crianças foram retidas em diferentes séries, uma no quinto ano, outra no sexto e por último uma no sétimo, nenhuma delas apresentou resultado adequado para a idade no MEEM. Revelou-se prejuízos de aprendizagem nas três crianças, uma apresentando nível médio limítrofe de inteligência e as outras duas em condições de deficiência intelectual. Conclusão: A partir da análise conclui-se que, quando uma criança apresenta problemas de aprendizagem de forma recorrente, é importante avaliar os processos da cognição a partir de instrumentos que são normalizados, validados e fundamentados para realização de encaminhamentos necessários.