TRATAMENTO PARA EXTROFIA DE BEXIGA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Autores

  • Carolina Busanello Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Érika Cristina Inácio Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Giovana Manes Frizzo Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Amanda Brandt Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Natália Olivato Tessaro Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Antonio Euclides Pereira de Souza Junior Universidade do Oeste de Santa Catarina

Resumo

A extrofia de bexiga é uma anomalia congênita caracterizada pela má formação geniturinária e musculoesquelética. Ela apresenta incidência de 1:200.000 nascidos vivos. A meta do seu tratamento é a correção do defeito abdominal, bexiga e uretra, preservação da função renal e urinária, e reconstrução funcional e estética das genitálias. O propósito desse trabalho é revisar os principais modelos de tratamento da extrofia de bexiga. Para tanto, foram selecionados três artigos científicos e uma tese, publicados entre os anos 2012 e 2023, de plataformas como SciELO e PubMed. Inicialmente, as cirurgias consistiam apenas em fechar a parede abdominal e reconstruir os órgãos expostos, frequentemente resultando em complicações funcionais e estéticas. Hoje, há modelos de tratamento mais individualizados e fisiológicos, sendo ainda desafiadores os estabelecimento da capacidade e continência vesical, os resultados ortopédicos, e os impactos sobre a fertilidade. O fechamento completo primário e a Técnica de Kelly foram as técnicas mais utilizadas na era moderna do tratamento da extrofia da bexiga; embora conseguiram reduzir a morbidade desses pacientes, a continência urinária não atingiu a porcentagem de sucesso esperada. 70% dos pacientes atingem a continência urinária somente após receberem vários cirurgias. Além disso, há vantagens no fechamento precoce e tardio da bexiga.  A realização da cirurgia de forma programada, ausência de anestesia na imaturidade fisiológica do recém-nascido e não afastar o bebê da mãe no pós-parto imediato são benefícios do fechamento tardio. Em contraposto está evitar a inflamação e fibrose da bexiga, e facilitar a aproximação do púbis pela ação da relaxina, evitando a osteotomia. Ainda, é fundamental acompanhar por longo prazo esses pacientes, já que complicações adicionais podem existir. Os tratamentos têm evoluído para abordagens mais individualizadas e baseadas na fisiologia. A combinação de técnicas cirúrgicas avançadas, terapia regenerativa e acompanhamento de longo prazo proporcionam melhores resultados para os pacientes.

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Publicado

25-10-2023

Como Citar

Busanello, C., Inácio, Érika C., Frizzo, G. M., Brandt, A., Tessaro, N. O., & Souza Junior, A. E. P. de. (2023). TRATAMENTO PARA EXTROFIA DE BEXIGA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Seminário De Iniciação Científica E Seminário Integrado De Ensino, Pesquisa E Extensão (SIEPE), e33843. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/siepe/article/view/33843

Edição

Seção

Campus Joaçaba

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