O USO DE PLANTAS MEDICINAIS POR LACTANTES EM SANTA CATARINA: UM ESTUDO SOBRE PRÁTICAS TRADICIONAIS E SEUS BENEFÍCIOS NO LEITE MATERNO
Resumo
Introdução: A amamentação é um dos pilares no cuidado da saúde infantil, e o leite materno é reconhecido como
o alimento mais adequado para bebês nos primeiros seis meses de vida. No entanto, em um mundo cada vez mais
dominado por produtos industrializados, muitas famílias começam a buscar conhecimentos tradicionais. A prática
de utilizar ervas medicinais, na forma de chás ou em outros preparados, é uma tradição que persiste em muitas
culturas. Objetivo: Saber se mães lactantes utilizam as ervas medicinais, e como utilizam. Método: Foi aplicado um
questionário a lactantes do oeste de Santa Catarina. Com critério de inclusão: de estar amantando a menos de um
ano, e que concordassem em participar da pesquisa, e assinassem o termo de consentimento. Foi excluído da
pesquisa quem não seguissem os critérios. Resultados: Verificou-se que 94,1% dos entrevistados utiliza plantas
medicinais para diversas finalidades, entre elas o aumento da produção de leite, a diminuição de cólicas e efeito
calmante. As plantas mais citadas foram Camomila (88,2%), Erva Doce (70,6%), e Erva Cidreira (52,9%). A maior
parte das entrevistas (88,2%), consomem as plantas medicinais através de chás e utilizam as ervas em banhos
terapêuticos (41,2%), onde todas relatam terem aprendido essas técnicas com familiares, profissionais da saúde
(17,6%), benzedeiras (5,9%), internet (5,9%) e com a faculdade (5,9%). Muitas delas fazem o uso de medicamentos
alopáticos (58,8%), foram citados problemas com ansiedade, uso de vitaminas, e para dor em geral. Conclusão: As
mães entrevistadas confiam nas propriedades terapêuticas de diversas ervas, utilizando-as desde para aumento da
produção de leite até a interrupção de cólicas e efeitos calmantes. No entanto, é crucial considerar que embora
as plantas medicinais possam oferecer benefícios, é essencial promover uma abordagem integrativa que inclua o
aconselhamento de profissionais de saúde para garantir a segurança e eficácia dessas práticas.