COMO OS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DE UM ESCOLA PÚBLICA ENCARAM O ENSINO DE CIÊNCIAS

Resumo

Introdução: Abordagens tradicionais de ensino resultam em aprendizado desinteressante. A importância das aulas práticas é reconhecida, mas faltam diretrizes claras para que os experimentos se tornem atrativos aos estudantes e ao mesmo tempo que permitam se apropriarem do conhecimento. Objetivo: Introduzir atividades práticas em aulas de química no ensino médio com recursos acessíveis, com o intuito de estimular o gosto pelas ciências bem como proporcionar maior aprendizado na área. Método: O projeto foi realizado na Escola Estadual de Ensino Básico Dom Orlando Dotti, em Caçador, Santa Catarina, com alunos do segundo e terceiro ano do ensino médio. Inicialmente, mapeou-se o conteúdo curricular e aplicaram-se questionários para avaliar o interesse dos alunos na Química, depois desenvolveram-se atividades práticas e novamente aplicado outro questionário. O projeto seguiu as diretrizes éticas para pesquisa com menores (Parecer nº 5.501.554). Resultados: O questionário com o professor apontou algumas deficiências, que serviram para nortear o planejamento das aulas práticas. Em Termoquímica, utilizou-se experimentos de combustão de permanganato de potássio e açúcar e a combustão espontânea da glicerina. Na Eletroquímica, os alunos montaram pilhas com limões, zinco, cobre e LED, ilustrando a produção de corrente elétrica por reações químicas. Realizou-se prática de medidor de pH, usando como indicadores a fenolftaleína e repolho roxo. A Saponificação relacionou a reação com sabão a experiências cotidianas. Dos 140 alunos participantes, 70% concordaram totalmente que a dinâmica das práticas gera maior interesse na matéria de química. Conclusão: Alunos consideram disciplinas de Química, Física e Biologia desafiadoras, apontando que aulas práticas geram maior curiosidade, ampliam a compreensão do conteúdo, despertam interesse pelo aprendizado e conectam teoria à prática. Os alunos anseiam por mais aulas práticas, no entanto, lamentam a falta de um laboratório para que essas atividades possam ser melhor desenvolvidas.