USO DO TABACO CONTRABANDEADO COMO COMPOSTAGEM EM REATORES
Resumo
Introdução: Os cigarros originados do Paraguai correspondem a mais da metade de todos os cigarros consumidos
no Brasil e mais de 90% do mercado ilegal em relação ao contrabando. Após a apreensão dos cigarros
contrabandeados, estes passam a ser um passivo ambiental devido suas características tóxicas necessitando de
um tratamento adequado. Nos últimos anos, a compostagem em reatores tem se mostrado uma tecnologia
eficiente e promissora para o tratamento adequado destes resíduos. Objetivo: Avaliar o uso de cigarros
contrabandeados como fonte resíduos para montagem de compostagem em Reatores. Método: O experimento
foi realizado no laboratório de solos da Unoesc, Campus Xanxerê. O cigarro foi desmaterializado, separado e
reservado os plásticos e alumínio presente em cada carteira. O papel, filtro e tabaco foram moídos em forrageira
para a homogeneização. Foram montados dois reatores em caixas de amianto de 100 litros, com tampa e cano de
PVC acoplada para a entrada de oxigênio, e a instalação de torneiras para retirada do chorume. Os materiais
utilizados: Adubo bovino, serragem e a mistura de tabaco, filtro e papel. A quantidade de cada, foram
determinados a critério da relação C/N de cada material para chegar a uma proporção de 25:1. Variáveis
analisadas no composto: Fosforo (K), Potássio (P) e Nitrogênio (N) em diferentes tempos de montagem dos reatores:
15, 30, 45, 60 e 75 dias. Resultados: Aos 60 dias de compostagem houve o maior pico liberação de N e P
comparados aos demais tempos, e para K já na primeira avaliação, 15 dias, obtivemos o maior valor e depois
estabilizou. O chorume aos 75 dias teve um aumento na concentração de P e K quando comparado aos 45 e 60
dias. Conclusão: A compostagem nos reatores deve ser mantida até os 60 dias, pois foi onde encontramos os
melhores de liberação de N, P e K.