DISTÚRBIOS MUSCULOESQUELÉTICOS EM PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA: UMA REVISÃO NARRATIVA
Resumo
Introdução: Com as reformas ocorridas nos últimos anos na educação básica, a
profissão de docente tornou-se de risco para a saúde destes profissionais. Objetivo:
Analisar as evidencias na literatura sobre a frequência de Distúrbios
Musculoesqueléticos (DME) e as regiões anatômicas mais acometidas em docentes
que atuam na educação básica brasileira. Método: Foi realizada uma busca de
artigos na base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) que inclui LILACS,
MEDLINE, MEDCARIB, OPAS/OMS, PAHO e WHOLIS; o Portal de Periódicos da Capes
e Scielo, no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2020. Os termos utilizados
para a busca foram: dor musculoesquelética” OR “dor osteomuscular” OR “sintomas
osteomusculares” AND “docentes” OR “professoress” AND “educação básica” OR
“ensino fundamental” OR “ensino médio” AND “musculoskeletal pain” OR
“musculoskeletal symptoms” AND “teacher” AND “basic education” OR “primary
education” OR “secundary education”. O processo de revisão narrativa foi
composta por 3 fases: a primeira fase consistiu na leitura dos títulos, a segunda fase
na leitura dos resumos e a terceira fase na leitura na íntegra dos artigos. Dos 1.602
artigos encontrados, 13 artigos atenderam aos critérios de inclusão. Para a analise
das frequências (%) foi utilizado a estatística descritiva. Resultados: A frequência geral
de DME nos professores da educação básica brasileira foi de 34,5%. As regiões
anatômicas que tiveram maior frequência foram a região dorsal (53,5%), pescoço
(46,4%) e lombar (44,8%), todos localizados nos membros superiores. Enquanto que
as regiões com menor frequência de sintomas osteomusculares foram as regiões dos
cotovelos e do quadril/coxas, representando 12,1% e 21,8%, respectivamente.
Conclusão: Em resumo, os professores da educação básica brasileira apresentam
alta frequência de distúrbios musculoesqueléticos.