LIBERDADES E DESENVOLVIMENTO HUMANO: A PROMOÇÃO DA CONDIÇÃO AGENTE E A SUPERAÇÃO DAS PRIVAÇÕES SOCIAIS

Autores

  • Bruna Baratieri Unoesc
  • Mauricio João Farinon

Resumo

Introdução: Este trabalho é resultado de pesquisa bibliografia, com base na obra
Desenvolvimento como Liberdade, de Amartya Sen. O desenvolvimento está
relacionado com a capacidade dos indivíduos, com as liberdades instrumentais e
com a liberdade substantiva, ambas promovidas pela ação do Estado e pela ação
razoada. A problemática é como a renda se articula com a liberdade das pessoas,
impedindo-as ou promovendo-as em sua condição de agente. Objetivo: A
finalidade do estudo é esclarecer como a renda dos indivíduos esta relacionada
com a falta de liberdades instrumentais e substantivas. Método: Os estudos se
caracterizam como pesquisa básica, pautados pelo método qualitativo de pesquisa
e com natureza bibliográfica. Envolvem a elaboração de fichamento da obra como
pré-requisito para os aprofundamentos teórico-conceituais realizados durante as
reuniões via Zoom, envolvendo a bolsista e o professor orientador. No decorrer das
sessões, são elaborados registros para auxiliar na revisão do conteúdo estudado. O
método segue os princípios da hermenêutica filosófica, principalmente em termos
de encontro argumentativo entre os envolvidos e o texto, não deixando que as
concepções prévias direcionem os resultados, o que exige a construção de cargas
de sentido a partir do diálogo com o próprio texto. Resultados: Destacamos a
importância da educação como forma de desenvolver no ser humano a
capacidade de pensar, avaliar o mundo, com critérios racionais e razoados,
levando-os a não maximizar no seu auto interesse no instante em que decidem fazer
e ser a partir dos critérios que valoram. O desenvolvimento humano ocorre quando
as capacidades das pessoas se ampliam e elas podem ser e fazer o que desejam a
partir da avaliação razoada, o que impede a maximização do auto interesse. Medir
desenvolvimento a partir da renda, e, até mesmo, comparar renda entre pessoas,
como se isso definisse absolutamente a qualidade de vida, é equivocado, pois a
pobreza não se reduz a ter pouca renda (sem queremos minimizar esse fator), mas
sim, significa ter privações de capacidades, o que nos leva à não realização da
condição de agência. Conclusão: Faz-se necessário compreender a pobreza na
complexidade de seu sentido, o qual envolve a redução da fome, do analfabetismo,
a promoção das condições de moradia, de segurança e saúde, pois quando somos
privados dessas liberdades, o desenvolvimento fica comprometido. Futuros estudos
podem ser dedicados à análise e reflexão sobre como os direitos/liberdades
instrumentais estão sendo promovidos em escala mundial, tomando como base os
Relatórios de Desenvolvimento Humano e os Relatórios de Monitoramento Global da
Educação.

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Publicado

10-11-2022

Como Citar

Baratieri, B., & Farinon, M. J. (2022). LIBERDADES E DESENVOLVIMENTO HUMANO: A PROMOÇÃO DA CONDIÇÃO AGENTE E A SUPERAÇÃO DAS PRIVAÇÕES SOCIAIS. Seminário De Iniciação Científica E Seminário Integrado De Ensino, Pesquisa E Extensão (SIEPE), e31964. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/siepe/article/view/31964

Edição

Seção

Joaçaba - Pesquisa