EFEITO ALELOPÁTICO DO AZEVÉM (LOLIUM MULTIFLORUM) NO MILHO EM DIFERENTES ÉPOCAS DE DESSECAÇÃO ANTECIPADA
Resumo
Os resíduos culturais do azevém liberam substâncias químicas conhecidas como alelopáticas, que influenciam a emergência e o crescimento inicial do milho semeado em sequência. O trabalho objetiva availar o efeito alelopático da reseva do azevém dessecado em diferentes épocas antes da semeadura do milho. O experimento foi realizado em delineamento com blocos casualizados, com sete tratamentos (T0, T7, T14, T21 e T28; sendo respectivamente, semeadura do milho no dia da dessecação, 7, 14, 21 e 28 dias após a dessecação do azevém) e quatro repetições, na área experimental da UNOESC, Unidade de São José do Cedro, SC. Foram avaliados o índice de germinação no estádio V2, estande final, massa de mil grãos e produtividade de grãos de milho. Não houve diferença significativa entre os tratamentos nas variáveis avaliadas pelo teste Scott- Knott a 5% de significância. A baixa produtividade de grãos registrados deve-se, provavelmente, à competição inicial da cultura com plantas daninhas, ao acamamento de plantas da milho ocorrido no florescimento pleno por ação de ventos fortes e incidência de doenças fúngicas no final do ciclo da cultura. Ocorre redução do estande de plantas avaliadas no final do ciclo da cultura, na ordem de 15%, comparado ao estande verificado do estádio V2. Essa redução de plantas pode ser atribuída ao acamamento de plantas ocorridas no florescimento pleno. Também um possível efeito alelopático da resteva do azevém pode ter ocorrido nesse período (entre V2 e R6).