EFEITO ANALGÉSICO DA FRAÇÃO AQUOSA DE Luehea divaricata (Açoita) NA DOR NEUROPÁTICA
Resumo
A dor é uma experiência sensorial desagradável associada a um dano tecidual real ou potencial, podendo ser de origem nociceptiva ou neuropática. Várias moléculas participam desse mecanismo, como as espécies ativas de oxigênio que parecem desempenhar papel importante na codificação e transmissão da dor. O uso de plantas é antigo, utilizando-se extratos brutos, infusos e emplastos para o tratamento de doenças. Entre as plantas de interesse está a espécie L. divaricata Mart. & Zucc. (Malvaceae), pois vários estudos relatam efetividade no tratamento de diferentes patologias, entre as quais se pode citar a dor. Diante disso, este estudo teve-se como objetivo avaliar o efeito analgésico do extrato de frutos (fração aquosa) L. divaricata na dor neuropática. Foram utilizados ratos machos. Utilizou-se o modelo animal de constrição crônica do nervo isquiático (CCI). Os animais foram divididos em dois períodos experimentais (3 e 10 dias), sendo subdivididos em Naive, CCI-veículo e CCI (FA), tratados com fração aquosa L. divaricata (doses 100 e 300 mg/kg). Foi realizado o teste de sensibilidade térmica plantar para avaliação do efeito antinociceptivo. Observou-se que os animais submetidos à CCI em três e dez dias após a lesão desenvolveram quadro de hiperalgesia e que as doses 100 e 300 mg/Kg de fração aquosa L. divaricata induziram ao quadro antinociceptivo aos três dias e no décimo dia a dose de 100mg/Kg manteve este efeito. Esses resultados podem estar associados à presença de moléculas antioxidantes presentes no extrato dessa planta.