Compensar ou monitorar os executivos?
DOI:
https://doi.org/10.18593/race.20740Palavras-chave:
Teoria da Agência, Monitoramento, CompensaçãoResumo
A literatura prediz duas principais formas de mitigar os conflitos de agência que surgem pela separação do controle e da propriedade, porém não aponta qual seria o mais apropriado. Assim, o presente estudo buscou identificar a eficiência dos mecanismos de governança corporativa, em se tratando de compensação aos executivos (incentivos explícitos e implícitos) e monitoramento (conselho de administração), na resolução dos conflitos de agência, entre os executivos principais e os acionistas de empresas de capital aberto brasileiras. Para isso, foram aplicados modelos dinâmicos de regressão linear múltipla, estimados pelo Método dos Momentos Generalizados Sistêmico (GMM-Sys), em um painel de dados não balanceado para 42 empresas, de 1999 a 2016. Identificou-se que o monitoramento é o meio mais eficiente para mitigar os problemas de agência, em que os conselheiros são agentes ativos no processo de verificação das ações dos executivos, gerando resultados consistentes que afetam positivamente o desempenho. Este estudo coloca à prova a prerrogativa de que o conselho de administração é “figurativo” no Brasil, tendo um desempenho significativo no monitoramento.
Downloads
Referências
Adams, R. B. (2009). Asking directors about their dual roles. Working Paper. Brisbane: University of Queensland.
Aguiar, A. B., & Pimentel, R. C. (2017). Remuneração de Executivos e Desempenho no Mercado Brasileiro: Relações Contemporâneas e Defasadas. Revista de Administração Contemporânea, 21(4), 545-568.
Akpan, E. O., & Amran, N. A. (2014). Board characteristics and company performance: Evidence from Nigeria. Journal of Finance and Accounting, 2(3): 81-89.
Aldrighi, D. M., & Mazzer, R. (2007). Evidências sobre as Estruturas de Propriedade de Capital e de Voto das Empresas de Capital Aberto no Brasil. Revista Brasileira de Economia, 61(2), 129-152.
Almeida, H., Campello, M., & Galvão, A. F. (2010, September). Measurement Errors in Investment Equations. Review of Financial Studies, 23(9), 3279-3328.
Anjos, L. C. M. (2016). Relações entre Eficiência Técnica das Organizações e Remuneração a Executivos à Luz dos Impactos da Motivação e Sensibilidade da Remuneração ao Desempenho (Tese de doutorado). UnB, UFPB e UFRN, João Pessoa.
Arellano, M., & Bond, S. (1991). Some tests of specification for panel data: Monte Carlo evidence and an application to employment equations. Review of Economic Studies, 58 (2), 277-297.
Babenko, I. (2009, February). Share repurchases and pay-performance sensitivity of employee compensation contracts. Journal of Finance, 64(1), 117-151.
Bebchuk, L. A., & Fried, J. M. (2003). Executive compensation as an agency problem. Journal of Economic Perspectives, 17(3), 71-92.
Bergstresser, D., & Philippon, T. (2006, June). CEO incentives and earnings management. Journal of Financial Economics, 80(3), 511-529.
Berk, J., & Demarzo, P. Finanças empresariais. Porto Alegre: Bookman, 2010.
Boubakri, N., & Cosset, J. C. (1998). The financial and operating performance of newly privatized firms: Evidence from developing countries. Journal of Finance, 53(3), 1081-1110.
Brick I. E., & Chindambran, N. K. (2010). Board meetings, committee structure, and firm value. Journal of Corporate Finance, 16(4), 533-553.
Chen, Q., Goldstein, I., & Jiang, W. (2008). Directors’ ownership in the U.S. mutualfund industry. Journal of Finance, 63(6), 2629-2677.
Chung, K. H., & Pruitt, S. W. (1994). A simple approximation of Tobin's Q. Financial Management, 23(3), 70-74.
Cornelli, F., Kominek, Z., Ljungqvist, A. (2013, April). Monitoring Managers: Does It Matter? The Journal of Finance, 68(2), 431-481.
Fahlenbrach, R., & Stulz, R. M. (2009). Managerial ownership dynamics and firm value. Journal of Financial Economics, 92(3), 342-361.
Faleye, O., Hoitash, R., & Hoitash, U. (2011). The costs of intense board monitoring. Journal of Financial Economics, 101(1), 160-181.
Fraga, J. B., & Silva, V. A. B. (2012). Diversidade no conselho de administração e desempenho da empresa: Uma investigação empírica. Brazilian Business Review, Ediçao especial BBR conference, 58-80.
Franks, J., & Mayer, C. (2001). Ownership e control in German corporations. The Review of Financial Studies, 14(4), 943-977.
Gaur, S. S., Bathula, H., & Singh, D. (2015). Ownership concentration, board characteristics and firm performance: A contingency framework, Management Decision, 53.
Gopalan, R., Milbourn, T., Song, F., &. Thakor A. (2014). Duration of Executive Compensation. The The Journal Of Finance, 69(6).
Goyal, V. K., & Park, C. W. (2002). Board leadership structure and CEO turnover. Journal of Corporate Finance, 8(1), 49-66.
Hansen, L. P. (1982). Large sample properties of generalized method of moments estimators. Econometrica, 50(4), 1029-1054.
Jensen, M. C. (1993). The modern industrial revolution, exit, and the failure of internal control systems. Journal of Finance, 48(3), 831-880.
Jensen, M. C., & Meckling, W. (1976). Theory of the firm: Managerial behavior, agency costs and ownership structure. Journal of Financial Economics, 3(4), 305-360.
Jensen, M. C., & Murphy, K. J. (1990, April). Performance pay and top management incentives. The Journal of Political Economy, 98(2), 225-264.
Kaplan, S. N. (1994). Top executive rewards and firm performance: A comparison of Japan and United States. Journal of Political Economy, 102(3), 510-546.
Klapper, L. F., & Love, I. (2004, November). Corporate governance, investor protection, and performance in emerging markets. Journal of Corporate Finance, 10(5), 703-728.
La Porta, R., Lopez-De-Silanes, F., & Shleifer, A. (1999, April). Corporate Ownership Around the World. The Journal of Finance, 54(2), 471-517.
Meyer, J., & Rowan, B. (1977). Institutionalized Organizations: Formal structure as myth and ceremony. The American Journal Sociology, 83(2), 340-363.
Murphy, J. (2013). Executive compensation: Where we are, and how we got there. In M. George, M. H. Constantinides, & R. M. Stulz (Eds.), Handbook of the Economics of Finance, 2A, 211-282.
Pedersen, T., & Thomsen, S. (1997). European patterns of corporate ownership: A twelve-country study. Journal of International Business Studies, 28(4), 759-778.
Rosetti, J. P., & Andrade, A. (2014). Governança Corporativa: Fundamentos, Desenvolvimento e Tendências. (7ª ed.). São Paulo: Atlas.
Shleifer, A., & Vishny, R. W. (1997). A survey of corporate governance. The Journal of Finance, 52(2), 737-783.
Shue, K., & Townsend, R. R. (2017). How Do Quasi-Random Option Grants Affect CEO Risk-Taking? The Journal of Finance, 72(6), 2551-2588.
Silva, W. A. C., Camargos, M. A. de, Pinto, E. A., & Melo, A. de O. (2009). Estrutura de Governança, Desempenho Econômico-financeiro e Remuneração de Executivos de Companhias Brasileiras. Anais do Encontro Nacional De Engenharia de Produção, Salvador, 29.
Sonza, I. B., & Kloeckner, G. O. (2014). Governança em estruturas proprietárias concentradas: Novas evidências para o Brasil. Revista de Administração de São Paulo—RAUSP, 49(2), 322-338.
Taylor, S. L. (1994). Executive share options: An economic framework. Australian Accounting Review, 4(2), 13-21.
Tirole, J. (2006). The theory of corporate finance. Princeton: Princeton University Press.
Tobin, J. (1969, February). A General Equilibrium Approach to Monetary Theory. Journal of Money, Credit and Banking, 1(1), 15-29.
Vieira, C. A. M, & Silva, O. M. (2018). Influência da estrutura do conselho de administração e do controle corporativo no turnover do CEO das empresas abertas no Brasil. Revista Contemporâena de Contabilidade, 15(34), 181-201.
Vuong, Q. H. (1989). Likelihoood ratio tests for model selection and non-nested hypotheses. Econometrica, 57(2), 307-333.
Weisbach, M. S. (1988). Outside directors and CEO turnover. Journal of Financial Economics, 20(1), 431-460.
Yermack, D. (1996). Higher market valuation of companies with a small board of directors. Journal of Financial Economics, 40(2), 185-211.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores mantêm os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.