OCORRÊNCIA DE HELMINTOS E PROTOZOÁRIOS EM AMOSTRAS FECAIS DE CÃES PROVENIENTES DE COMUNIDADES DO INTERIOR DE MUNICÍPIOS LOCALIZADOS NA REGIÃO MEIO OESTE DE SANTA CATARINA, BRASIL
Resumo
A escassez de estudos sobre a prevalência de parasitoses em cães provenientes da zona rural de municípios de Santa Catarina representa um problema de saúde pública, uma vez que algumas dessas regiões apresentam condições sanitárias precárias e, dessa forma, algumas espécies de parasitas, como a Giardia lamblia, podem ter sua transmissão para os humanos amplificada. O objetivo do presente estudo foi identificar a prevalência de parasitoses intestinais em cães provenientes da zona rural de alguns municípios da região Meio Oeste do estado de Santa Catarina. Entre abril e dezembro de 2013, mediante a autorização dos proprietários, foram coletadas amostras fecais de cães de localidades do interior dos municípios catarinenses de Água Doce, Capinzal, Joaçaba, Monte Carlo, Ouro e Zortéa. Posteriormente, as amostras foram analisadas pelos métodos coproparasitológicos de Sedimentação Espontânea e de Centrífugo-Flutuação, sendo, posteriormente, montadas lâminas que foram observadas a partir de um microscópio em aumento de 40 vezes. Das 49 amostras analisadas, 28 (57,1%) foram positivas para a presença de parasitas e 21 (42,9%) foram negativas. Das amostras positivas, 17 (60,7%) eram monoparasitadas e 11 (39,3%), poliparasitadas. Os parasitas encontrados nas amostras foram: Ancylostoma sp. (n = 11; 22,5%), Toxocara canis (n = 8; 16,3%), Trichuris vulpis (n = 7; 14,3%), Dipylidium caninum (n = 6; 12,2%), Giardia sp. (n = 6; 12,2%), Cryptosporidium sp. (n = 2; 4,1%) e Tenia sp./Echinococus sp. (n = 1; 2,1%). Assim, o presente estudo indicou que as populações de cães dessas áreas rurais apresentam uma elevada prevalência de enteroparasitoses, o que indica a necessidade de tratamento dos animais infectados e a adoção de medidas profiláticas.
Palavras-chave: Enteroparasitas. Zona rural. Zoonoses.