CARACTERIZAÇÃO BROMATOLÓGICA DE QUEIJOS COLONIAIS PRODUZIDOS NO DISTRITO DE SANTA LÚCIA, MUNICÍPIO DE OURO, SC
Resumo
O queijo colonial é um derivado lácteo de grande aceitabilidade no mercado regional do Vale do Rio do Peixe, no Estado de Santa Catarina. A produção de queijos a partir de leite cru é uma atividade tradicional nas regiões rurais e se destina ao consumo da família produtora ou para complementação de renda familiar. As características do processo de elaboração desses queijos dificultam a sua padronização. Objetivou-se neste trabalho caracterizar os queijos artesanais produzidos em pequenas propriedades rurais familiares e comparar os resultados com a legislação. Foram realizadas coletas de 16 amostras diretamente nas propriedades rurais do Distrito de Santa Lúcia, situadas na Linha Lageado Caetano, Município de Ouro, SC, entre os meses de fevereiro a outubro de 2015. Após a coleta, foram encaminhadas ao laboratório de Bromatologia da Unoesc Joaçaba, onde foram tomadas suas dimensões físicas e realizadas as análises químicas dos parâmetros: lipídios, proteínas, minerais, umidade, sais, acidez e pH. Os resultados classificam os queijos como magros a semigordos e umidade variando de baixa à alta, fatores influenciados pelo tempo de maturação e pela estação climática. Cabe ressaltar que os queijos coloniais são produtos diferenciados, e as características de processo são fatores que dificultam o atendimento dos limites legais, sendo fundamental para a característica artesanal.
Palavras-chave: Queijo artesanal. Análise físico-química. Composição nutricional.
Downloads
Referências
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABIQ. Associação Brasileira das Indústrias de Queijo. Benefícios nutricionais dos queijos. São Paulo. 2014. Disponível em: <http://www.abiq.com.br/nutricao_7.asp>.Acesso em: 10 /05/2015.
BRASIL MINISTÉRIO DA AGRICULTURA PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. PORTARIA nº 146 de 07 de março de 1996. Disponível em: http://www.agais.com/normas/leite/queijos.htm. Acesso em: 17/10/2015.
BRASIL. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 68, de 12 dezembro de 2006. Disponível em: <http://sistemasweb.agricultura.gov.br/sislegis/action/detalhaAto.do?method=consultarLegislacaoFederal>. Acesso em: 15/10/ 2014.
BRAGHINI, F; BRAVO, C. E.C; TONIAL, I. B. Características físico químicas e microbiológicas do queijo colonial produzido e comercializado na micro-região de Francisco Beltrão – PR. SICITE XVII Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica da UTFPR. 2012.
CAMPOS, L. Queijo e Saúde. Disponível em: <http://www.queijosnobrasil.com.br/queijo.html> Acesso em: 13/10/2015.
CECCHI, H. M. Fundamentos teóricos e práticos em análise de alimentos. 2° ed- Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2003.
CENSO DEMOGRÁFICO 2012. Características das Cidades, Santa Catarina: Instituto brasileiro de Geografia e Estatística. IBGE; 2012. Disponível em: <http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/temas.php?lang=&codmun=421180&idtema=121&search=santa-catarina|ouro|pecuaria-2012. Acesso em:15/10/2014.
FAGAN, E.P. Fatores ambientais e de manejo sobre a composição química, microbiológica e toxicológica do leite produzido em duas granjas produtoras de leite tipo “a” no estado do Paraná. 2006. 121p. Tese (Doutorado em Zootecnia). Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2006.
FIGUEIREDO, E. L. Elaboração e caracterização do “Queijo Marajó”, tipo creme, de leite de búfala, visando sia padronização. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal). Universidade Federal do Pará. Belém, 2006.
FRIZZO, D. Elaboração de queijos: queijaria Valbrenta. 2009. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Tecnologia em Alimentos do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia Rio Grande do Sul, Campus Bento Gonçalves.
GONZÁLES, F. H.D, DÜRR, J. W. FONTANELI, R. S; Uso do leite para monitorar a nutrição e o metabolismo de vacas leiteiras. Porto Alegre. Rio Grande do Sul. 2001.
IDE, L. P. A; BENEDET, H.D. Contribuição ao conhecimento do queijo colonial produzido na região serrada do estado de Santa Catarina, Brasil. Revista Ciência Agrotecnologia. Lavras, v.25, n.6, p.1351-1358, nov./dez., 2001.
JÚNIOR, José F. S. et al. Caracterização físico química de queijos coloniais produzidos em diferentes épocas do ano. Revista Instituto de Laticínios Cândido Tostes. Paraná, v. 67, n. 386, p. 67-80, mai./ jun. 2012.
MORETTO, E. Introdução à ciência de alimentos (2008), 2 ed., Florianópolis, SC,UFSC, 237p.
NORONHA, J. F. de. Segurança alimentar dos queijos tradicionais. Disponível em: http://www.esac.pt/noronha/manuais/seguranca_alimentar_queijos.pdf. Acesso em: 10/08/2015.
OLIVEIRA, D. F. Estudo da interferência da sazonalidade na composição centesimal de queijos coloniais. In: XVI Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica, 2011, Ponta Grossa. Anais do XVI SICITE, 2011.
OLIVEIRA. Débora F de; TONIAL, Ivane B. Sazonalidade como fator interferente na composição físico-química e avaliação microbiológica de queijos coloniais. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia. Francisco Beltrão, PR. v.64, n.2, p.521-523, out. 2012.
PAULA, Márcia M. de; KAMIMURA, Quésia P.; SILVA, José L. G. da. Mercados institucionais na agricultura familiar Dificuldades e desafios. Revista da Política agrícola, v. 23, n.1, p 111, jan./fev./mar. 2014.
SIMILI, F. F; LIMA, M. L. P; Como os alimentos podem afetar a composição do leite das vacas. Pesquisa e tecnologia. v.4 n.1, Jan./Jun. 2007.
SOUSA, A. Z. B. et al. Aspectos físico-químicos e microbiológicos do queijo tipo coalho comercializado em estados do nordeste do Brasil. Arquivo do Instituto de Biologia. São Paulo, v.81, n.1, p. 30-35, 2014.
QUEIROGA, R. C. R. E et al. Elaboração e caracterização físico-química, microbiológica e sensorial de queijo “tipo minas frescal” de leite de cabra condimentado. Revista Ciência Agronômicas. v. 40, n. 3, p. 363-372, 2009.