Perfil clínico dos pacientes com incontinência urinária atendidos em uma clínica-escola de pesquisa e atendimento em fisioterapia do Meio-oeste de Santa Catarina
Resumo
A Incontinência Urinária (IU) é uma patologia com incidência crescente na população, em especial nas mulheres, que compromete negativamente a qualidade de vida, e a fisioterapia é reconhecida como a primeira opção de tratamento conservador pela Sociedade Internacional de Continência e Urologia, pois é eficaz, segura e econômica quando relacionado aos procedimentos cirúrgicos. Esta pesquisa consiste em um estudo retrospectivo documental analítico de análise quantitativa. Objetivou-se analisar o perfil clínico dos pacientes com incontinência urinária atendidos em uma Clínica-Escola de Pesquisa e Atendimento em Fisioterapia (CEPAF) do Meio-Oeste catarinense, entre os anos 2014 e 2017. A coleta de dados realizou-se por meio do preenchimento do roteiro para pesquisa em prontuários elaborado pelas pesquisadoras, após análise dos prontuários. A amostra foi composta por 50 prontuários, sendo 35 do sexo feminino e 15 do masculino. Em relação ao resultado, observou-se uma prevalência de IU maior em mulheres (70%) do que em homens (30%), sendo que a idade e histórico obstétrico e a complicação da prostatectomia foram, respectivamente, os fatores de risco para a doença. O tipo de incontinência mais comum para ambos os sexos foi a de esforço (56%), com necessidade do uso de algum tipo de protetor em mais de 50% dos pacientes. Ao teste de força muscular do assoalho pélvico (MAP), a força média total foi 2,3 segundo na Escala de Ortiz, e valsalva positiva em 24 pacientes (48%). Conclui-se que a intervenção fisioterapêutica na IU em mulheres e nos pacientes prostatectomizados faz-se necessária para a melhora da continência urinária e, consequentemente, da qualidade de vida.
Palavras-chave: Fatores de risco. Fisioterapia. Incontinência urinária.