Percepção acerca da atuação fisioterapêutica no Sistema Único de Saúde e as dificuldades enfrentadas pelos profissionais atuantes no SUS: uma revisão de literatura
Resumo
A inserção do fisioterapeuta nos serviços de atenção primária à saúde é um processo em construção, diante da associação com o momento de surgimento da profissão, que rotulou o fisioterapeuta apenas como reabilitador. Diante disso, com o presente estudo objetivou-se conhecer a percepção dos diferentes profissionais de saúde acerca da atuação da fisioterapia, bem como as principais dificuldades enfrentadas pelos profissionais inseridos nas equipes de saúde do SUS. Trata-se de uma revisão de literatura realizada no período de março a agosto de 2017 nas bases de dados Scielo e Lilacs, utilizando os seguintes descritores: “fisioterapia e NASF” e “fisioterapia e ESF”. A busca e análise criteriosa dos estudos resultaram em uma amostra final de 26 artigos. Foi possível constatar que as principais dificuldades enfrentadas pelos fisioterapeutas atuantes na Atenção Básica à saúde são a falta de recursos e acessibilidade, a carga horária diferenciada, a grande demanda reprimida de pacientes, a complicação enfrentada na formação de vínculo entre profissionais e usuários e a visão curativa a que a fisioterapia está vinculada. Quanto à percepção de profissionais da saúde, usuários, gestores e acadêmicos, foi possível averiguar a importância dos atendimentos domiciliares, o baixo número de fisioterapeutas envolvidos em projetos terapêuticos, além da percepção de a atuação da fisioterapia estar restrita às ações de atenção secundária e terciária. Admite-se a escassez de trabalhos cientificamente relevantes sobre o tema e sugere-se a continuidade de estudos que abordem essa temática.
Palavras-chave: Fisioterapia. Estratégia Saúde da Família. Sistema Único de Saúde.