Definição de uma curva de correlação entre a resistência à compressão axial e o índice esclerométrico utilizando diferentes relações água/cimento
Palavras-chave:
Resistência à compressão, Esclerometria, Relação água/cimentoResumo
A resistência à compressão é o ensaio mais comum para avaliação do concreto empregado em estruturas. Para estimá-la em estruturas acabadas deve ser feita uma inspeção, possibilitando a manutenção eficaz. Essa determinação pode ser feita tanto por ensaios destrutivos quanto por não destrutivos (END), ou por ambos. Os END não causam dano no elemento ensaiado, eliminando a necessidade de reparos. Como foco deste estudo, o ensaio de esclerometria é um método não destrutivo que mede a dureza superficial do concreto. No entanto, os resultados que se obtêm podem ser afetados por muitas variáveis, como a relação água/cimento. Para estudar essa influência, buscou-se fazer o ensaio de esclerometria e o de compressão axial em corpos de prova de concreto de traço 1:5 e 1:3,5, variando a relação água/cimento de cada um deles em 0,45, 0,55 e 0,65. A análise foi realizada por correlação entre os valores obtidos pelos dois ensaios. Para o traço 1:5, os resultados não corresponderam ao esperado, tendo variações possivelmente ocasionadas pelos vazios contidos existentes nos elementos. O traço 1:3,5, mesmo com algumas misturas bem fluidas, manteve uma boa correlação entre os ensaios. O índice esclerométrico (I.E) médio em cada traço obtido foi em torno de 50% menor do que a resistência à compressão, mas ambos foram proporcionais à quantidade de água utilizada. Percebe-se que o ensaio de esclerometria é um bom estimador de qualidade do concreto, especialmente para verificar a homogeneidade do material. No entanto, vazios podem afetar os resultados e induzir a avaliações equivocadas.
Downloads
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 45 – Agregados – Determinação da massa unitária e do volume de vazios. Rio de Janeiro, 2006.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 46 – Agregados – Determinação do material fino que passa através da peneira 75 um, por lavagem. Rio de Janeiro, 2003a.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 52 – Agregado miúdo – Determinação da massa específica e massa específica aparente. Rio de Janeiro, 2009a.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 53 – Agregado graúdo – Determinação da massa específica, massa específica aparente e absorção de água. Rio de Janeiro, 2009b.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 67 – Concreto –Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone. Rio de Janeiro, 1998.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 248 – Agregados – Determinação da composição granulométrica. Rio de Janeiro, 2003b.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5738 – Moldagem e cura dos corpos de prova. Rio de Janeiro, 2008.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5739 – Concreto – Ensaios de compressão de corpos-de-prova cilíndricos. Rio de Janeiro, 2007.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7211 – Agregados para concreto – Especificação. Rio de Janeiro, 2009c.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7584 – Concreto endurecido – Avaliação da dureza superficial pelo esclerômetro de reflexão. Rio de Janeiro, 2013.
CASTRO, Elisângela de. Estudo da resistência à compressão do concreto por meio de testemunhos de pequeno diâmetro e esclerometria. 2009. 126 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2009. Disponível em: http://penelope.dr.ufu.br/bitstream/123456789/445/1/EstudoResistenciaCompressao.pdf. Acesso em: 1 abr. 2014.
EVANGELISTA, Ana Catarina Jorge. Avaliação da resistência do concreto usando diferentes ensaios não destrutivos. 2002. 219 f. Tese (Doutorado em Ciências em Engenharia Civil) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2002.
MEHTA, P. Kumar; MONTEIRO, Paulo J. M. Concreto: microestrutura, propriedades e materiais. 3. ed. São Paulo: Ibracon, 2008.