PERFIL DAS PROFISSIONAIS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA ADESÃO DO EXAME CITOPATOLÓGICO EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO MEIO-OESTE DE SANTA CATARINA
Resumo
Nos dias atuais o número de casos de câncer vem crescendo mundialmente, em países que estão em desenvolvimento, chegando a atingir até 70% das mulheres de baixa renda e negras. A realização do exame citopatológico oncótico periodicamente reduz a mortalidade entre as mulheres das mais variadas classes. O presente estudo teve como objetivo analisar o perfil das profissionais da equipe de Enfermagem e o número de trabalhadoras que realizam periodicamente o exame citopatológico de colo uterino de um hospital universitário da região do Meio-Oeste de Santa Catarina. Esta pesquisa é quantitativa, a amostra foi composta por enfermeiras e técnicas de enfermagem, foi aplicado um questionário semiestruturado e após a coleta de dados foi realizada análise. Foram entrevistadas 51 mulheres; 48 responderam que já realizaram esse exame, enquanto três responderam que nunca o realizaram. Os motivos que as levaram a não realização do exame foram tempo e esquecimento. Quanto ao uso do preservativo durante as relações sexuais, 22 responderam que fazem uso, de forma equivalente responderam que não fazem uso. Apesar de muitas delas terem conhecimento sobre o exame citopatológico, muitas desconhecem o processo do exame, e não têm o hábito de utilizar preservativo, utilizando mais frequentemente o anticoncepcional oral.
Palavras-chave: Profissionais da Saúde. Exame citopatológico oncótico. Autocuidado.
Downloads
Referências
AMORIM, Vivian. Fatores associados à realização do exame Papanicolau: Um estudo de base populacional no município de Campinas, SP, Brasil. 2006.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de Assistência à Saúde. Falando sobre câncer do colo do útero. Instituto Nacional do Câncer. Coordenação de prevenção e vigilância (Conprev). Rio de Janeiro: MS/ INCA, 2002b. 59p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Cadernos de Atenção Básica n°13. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama. Brasília, 2006.
BRASIL. Ministério da Saúde. Prevenção do câncer do colo do útero: organizando a assistência: manual técnico. Brasília, DF, 2002b. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/manua_assistencia.pdf>. Acesso em: 29 ago. 2006.
BANDEIRA, V. M. P.; DIÓGENES, M. A. R. O uso do preservativo masculino e feminino entre alunos de enfermagem da Universidade de Fortaleza. Revista de Enfermagem da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, v. 14, n.1, p 74-79, jan./ mar. 2006.
BARACAT et al. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar Unifesp, Escola Paulista. São Paulo, 2005
BRUNNER et al. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. Oitava Edição Rio de Janeiro: Guanabara, 1998.
CARRENO, I.; COSTA, J. S. D. Uso de preservativos nas relações sexuais: estudo de base populacional. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v.40, n.4 p.720-6, ago. 2006.
CESTARI, M. E. W. A influência da cultura no comportamento de prevenção do câncer. 2005. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) –Programa Interinstitucional da USP, UEL e UNOPAR, Londrina, 2005.
CONCEIÇÃO, Ginecologia Fundamental. Belo Horizonte. Editora Atheneu, 2005.
FERNANDES et.al.Enfermagem e saúde da Mulher. Edição única. 2006. Tamboré: São Paulo, 2007
FERNANDES, R. A. Q.; NARCHI, N. Z. Conhecimento de gestantes de uma comunidade carente sobre os exames de detecção precoce do câncer cérvico uterino e de mama. Revista Brasileira de Cancerologia,Rio de Janeiro, v. 48, n. 2, p. 223-230, 2002.
FERREIRA, M. L. M.; OLIVEIRA, C. Conhecimento e significado para funcionárias de indústrias têxteis sobre prevenção do câncer do colo-uterino e detecção precoce do câncer da mama. Revista Brasileira de Cancerologia, Rio de Janeiro, v. 52, n. 1, p. 5-15, 2006
FREITAS et al. Rotinas em Ginecologia. São Paulo. Editora Artes Médicas. 1997.
GALVÃO, L.; DÍAZ, J. Saúde Sexual e Reprodutiva no Brasil: Dilemas e Desafios: Hucitec Population Council, 1999. 389p.
GAMARRA CJ, Paz EPA, Griep RH. Conhecimentos, atitudes e prática de Papanicolaou entre mulheres argentinas. Rev Saúde Pública. 2005 abr; 39(2):270-6.
GUYNTON e HALL. Tratado de Fisiologia Médica. São Paulo. Editora Elsevier, 12ª Edição.2012
INCA - INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER. Inquérito domiciliar sobre comportamentos de risco e morbidade referida de doenças e agravos não transmissíveis: Brasil, 15 capitais e Distrito Federal, 2002-2003. Rio de Janeiro, 2004.
Instituto Nacional de Câncer . Estimativa da incidência e mortalidade por câncer no Brasil –2006.http://www.inca.gov.br (acessado em 10/abril/2012).
LOPES et al .Enfermagem na saúde da mulher. Edição única. Goiás: Goiânia, 2006.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Caderno de Atenção Básica nº13, Brasília, 2000.
PAULA, A.F.; MADEIRA, A. O exame colpocitológico sob a ótica da mulher que o vivencia. Revista Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v.37, n. 3, p. 88-96, 2003.
PELLOSO, S. M.; CARVALHO, M. D. B.; HIGARASHI, I.H. Conhecimento das mulheres sobre o câncer cérvico-uterino. Acta Scientiarum. Heath Sciences,Maringá, v. 26, n. 2, p. 319-324, 2004. Disponível em:<http://www.ppg.uem.br/Docs/ctf/Saude/2004_ 2/08_298_04_Pelloso%20et%20al_Conhecimento%20das%20mulheres.pdf>. Acesso em: 29 ago. 2006.
POLI et al. Ginecologia Preventiva. Porto Alegre. Editora Artes Médicas Sul Ltda, 1994.
PRADO, PEREIRA, ASSIS. Reorganização das ações de prevenção do câncer ginecológico a partir da educação popular em saúde: a experiência da equipe urbana da estratégia de saúde da família de rio negro/ms; publicação na Revista de Atenção Primária à Saúde (NATES/UFJF), sessão: Relato de Experiência, PG 1-12; 2006, Brasi.
SIMÔES et al. Ambulatório de Ginecologia. Rio de Janeiro, São Paulo. Livraria Atheneu, 1982.
SMITH JS et al. Cervical cancer and use of hormonal contraceptives: a systematic review. Lancet, London, v. 361, p.1159-67, apr. 2003.
SOUSA, V. B; MOURA, E. R. F. Prevenção do Câncer de colo do útero: a realidade do distrito de Aroeiras - Ceará. Cadernos: Centro Universitário São Camilo, São Paulo, v.9, n. 2, p 67-76, abr. /jun. 2003.
WHO; 2004. Disponível em: <http://www.who.int/reproductivehealth/publications/
mec/mec.pdf>. Acesso em: 10 de maio 2009.
