SÍFILIS EM JOAÇABA E MICRORREGIÃO: UM ESTUDO DOCUMENTAL
Resumo
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são consideradas um dos problemas de saúde pública mais comuns e relevantes no mundo. Tornam o organismo mais vulnerável, inclusive ao HIV/AIDS, e se relacionam com a mortalidade materna e infantil. No Brasil, as estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam para 937.000 casos de sífilis a cada ano. O objetivo foi realizar um estudo documental sobre a incidência de sífilis em Joaçaba e na Microrregião. Foi um estudo documental, com abordagem quantitativa, realizado no período de 2006 a 2016. Para o tratamento e a análise, foram utilizados primeiramente frequência simples, e na sequência, o software SPSS 22.0. Foram notificados 447 casos de sífilis, sendo 3,81% casos de sífilis congênita (SC), 88% em gestantes, 37,14% em adultos e 43,17% de não especificada. A primeira etapa da análise foi realizada apenas com a SC. Constatou-se que dos 71 casos de sífilis na gestação, em 10 anos, 16 casos eram de SC. Destes, em seis casos o diagnóstico materno foi realizado no pré-natal, em quatro, no momento do parto/curetagem, e em cinco, após o parto. Apenas cinco parceiros foram tratados. Em relação ao tratamento realizado para SC, quatro foram tratados com Penicilina G. Cristalina 100.000UI Kg/dia/10d, dois com Penicilina G. Procaína 50.000UI Kg/dia/10d, três com outro esquema medicamentoso e os demais não há registro de tratamento realizado. Conclui-se, até o momento, que os dados apontam para uma tendência a subnotificação e dificuldades dos profissionais no manejo da sífilis na gestação, da sífilis congênita e na conduta diante do parceiro sexual.
Palavras-chave: Sífilis congênita. Transmissão vertical. Epidemiologia. Enfermagem.
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Referências
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