USO DA ESCALA DE BRADEN E CARACTERIZAÇÃO DAS LESÕES POR PRESSÃO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Resumo
As lesões por pressão (LP) fazem parte das complicações mais frequentes que acometem pacientes hospitalizados, principalmente aqueles sob cuidados críticos, por haver diversos fatores de risco para o seu desenvolvimento, podendo levar à destruição parcial ou total dos tecidos. Foi realizado um estudo quantitativo, do tipo coorte prospectiva, desenvolvido na Unidade de Terapia Intensiva de um Hospital Universitário de Santa Catarina, no período de outubro de 2015 a março de 2016. Foram acompanhados 111 pacientes que apresentavam, após aplicação de Escala de Braden, risco para desenvolver LP. Os dados foram coletados, tabulados e analisados no Programa SPSS 21.0 e apresentados em tabelas, após a aprovação do projeto de pesquisa pelo Comitê de Ética em Pesquisa, sob Parecer n. 900.251 e Resolução n. 466/12. Dentre os 111 pacientes estudados, 19 (17,11%) desenvolveram lesão por pressão, com maior incidência no gênero feminino (63,15%), idade superior a 60 anos (68,4%), na região sacral (76%) e com estágio 2 (52%). Considerando os escores obtidos na escala de Braden, entre os pacientes que desenvolveram lesão por pressão, a maioria apresentou risco muito elevado (36,84%), e 31,57% apresentaram risco elevado. O tempo de internação superior a 15 dias contribuiu para o aumento do risco de lesão e o aumento do risco de óbito, assim como escore de Braden menor que 12 contribuiu para o aumento do risco de óbito, do tempo de internação e do surgimento de LP. Os dados obtidos nesta pesquisa estão de acordo com os resultados da literatura. Enfatiza-se a necessidade de implantação e aplicação de escalas de risco e medidas de prevenção para diminuir a incidência de LP nas unidades de terapia intensiva.
Palavras-chave: Úlcera por pressão. Segurança do paciente. Cuidados de enfermagem.
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