RASTREAMENTO DAS NEOPLASIAS COLORRETAIS EM UMA COMUNIDADE RURAL NO MEIO-OESTE CATARINENSE

Autores

  • Junia Ruaro UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA
  • Denis Conci Braga
  • Cristiano Abel Panazolo
  • Lucas Vinicius Debarba

Resumo

O câncer colorretal é conhecido nos dias atuais como uma das neoplasias mais prevalentes, estando associado a uma elevada mortalidade, acometendo especialmente indivíduos com mais de 50 anos. A pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF) é um método não invasivo e de baixo custo, podendo ser utilizada para o rastreamento dessa patologia. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a PSOF como método de triagem na detecção de lesões colorretais malignas e pré-malignas na população acima de 50 anos de um município do Meio-Oeste catarinense. A pesquisa consiste em um estudo retrospectivo, transversal e analítico- descritivo realizado em uma população de 1814 habitantes e aplicado em pacientes com mais de 50 anos. A estes pacientes solicitou-se a PSOF na Estratégia Saúde da Família, sendo necessário observar que os indivíduos com histórico pessoal ou familiar de pólipos e/ou câncer de intestino, retocolite ulcerativa, doença de Crohn e câncer de mama, ovário ou útero devem obrigatoriamente iniciar o rastreamento aos 40 anos por meio da colonoscopia, e não da PSOF. O período de amostragem compreendeu-se entre janeiro de 2013 e março de 2014 e os dados coletados foram analisados no programa Epi Info, versão 7.0.9.7. Foram realizados 389 exames, que correspondem a 21,44% da amostra a ser estudada. A média de idade foi de 64,32 anos; as mulheres representaram 56,81% (n= 221) da amostra. O resultado foi negativo em 354 casos (91%) e entre os exames positivos (n=35), comprovaram-se alterações em 20 casos (41,66%): pólipos hiperplásicos (n= 4); pólipos adenomatosos com ou sem displasia (n= 10); neoplasia do cólon (n= 2); doença diverticular (n= 3) e retite inespecífica (n= 1). Além de tais dados, um paciente não apresentou alteração na colonoscopia e 14 ainda não haviam realizado esse exame. Não houve associação entre anemia, tabagismo e histórico familiar para pólipos intestinais ou neoplasia do cólon e presença de alteração à colonoscopia. Embora preliminares, os resultados do estudo concluem que a adesão da população na realização de um exame de baixo custo pode resultar em uma maior identificação de lesões malignas e pré-malignas colorretais, de modo que medidas intervencionistas possam ser aplicadas. Ainda, é possível estabelecer, em conjunto com os gestores, ações programáticas de promoção e até mesmo prevenção de saúde.

Palavras-chave: Neoplasias do cólon. Programas de rastreamento. Atenção primária à saúde.

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Biografia do Autor

Junia Ruaro, UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA

Graduanda da sétima fase da Universidade do Oeste de Santa Catarina

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Publicado

2014-05-20

Como Citar

Ruaro, J., Braga, D. C., Panazolo, C. A., & Debarba, L. V. (2014). RASTREAMENTO DAS NEOPLASIAS COLORRETAIS EM UMA COMUNIDADE RURAL NO MEIO-OESTE CATARINENSE. Anais De Medicina, 1(1), 35. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/anaisdemedicina/article/view/4675

Edição

Seção

Resumos