AVALIAÇÃO DO ÍNDICE TORNOZELO-BRAQUIAL EM PACIENTES DIABÉTICOS DO MUNICÍPIO DE ÁGUA DOCE, SANTA CATARINA

Autores

  • Julia Nascimento Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Denis Conci Braga
  • Julio Ebrain Neris

Resumo

As doenças cardiovasculares são as que causam maior mortalidade no Brasil e no mundo. Estima-se que a prevalência da doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) esteja entre 15 e 20% na população com mais de 55 anos; entre esses indivíduos, cerca de 70% são assintomáticos. Entre os principais fatores de risco para a DAOP, está o Diabetes Mellitus tipo II (DM II). Estudos mostram que o índice tornozelo-braquial (ITB) pode ser usado como um marcador de aterosclerose e de doença arterial periférica (DAP), bem como um preditor do risco cardiovascular. O objetivo deste trabalho foi avaliar o ITB dos pacientes diabéticos do município de Água Doce, situado na região Meio-Oeste de Santa Catarina. Trata-se de um relato de experiência, a partir de uma ação com os diabéticos do município, realizada no mês de abril de 2014, em que foi avaliado o ITB. Esse é calculado como a razão da maior medida de pressão arterial sistólica aferida em ambos os membros inferiores, nas artérias pediosas e tibiais posteriores, sobre a maior medida sistólica aferida nos membros superiores, pela fórmula: ITB = (PASt/PASb), em que PASt é a pressão sistólica tibial e PASb a pressão da artéria braquial. Nos indivíduos normais, a PAS no tornozelo é igual ou maior que a PAS braquial. Se for dividida a primeira pela segunda, o resultado normal será entre 0,9 e 1,3. Índices menores de 0,9 têm alta sensibilidade e especificidade entre 90 e 98% para a detecção de DAOP. De um universo de 255 diabéticos, 81 tiveram seus índices calculados. Desses, 12 pacientes (14,8%) apresentaram ITB menor que 0,9, compatível com DAOP, os quais foram encaminhados para a avaliação com especialista em cirurgia vascular. O ITB é um método não invasivo, de baixo custo e facilmente aplicável. Serve para rastreamento de DAOP e auxilia o médico da atenção básica a avaliar os pacientes diabéticos em risco de tal complicação.

Palavras-chave: Índice tornozelo-braquial. Diabetes Mellitus. Doença arterial obstrutiva periférica.

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Referências

GALVÃO, André Luís Câmara. Revista da sociedade de cardiologia do estado do Rio Grande do Sul. Ano XX nº 24 Jan/Fev/Mar/Abr 2012.

NUNES et al. Revista Brasileira de Cardiologia. Índice Tornozelo-Braquial em Pacientes de Alto Risco Cardiovascular. 2012; 25(2):94-101 março/abril.

PEDROSA, Hermelinda C.; VILAR, Lucio; Boulton, Andrew J.M.. Neuropatias e pé diabético. São Paulo: AC Farmacêutica, 2014, p. 298-299.

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Publicado

2014-05-20

Como Citar

Nascimento, J., Braga, D. C., & Neris, J. E. (2014). AVALIAÇÃO DO ÍNDICE TORNOZELO-BRAQUIAL EM PACIENTES DIABÉTICOS DO MUNICÍPIO DE ÁGUA DOCE, SANTA CATARINA. Anais De Medicina, 1(1), 12. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/anaisdemedicina/article/view/4631

Edição

Seção

Resumos