Depressão e a vida acadêmica: uma revisão de literatura

Autores

  • Isabela Zancanaro Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Luiza Otilia Both Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Nadiane Feldkercher Universidade do Oeste de Santa Catarina

Resumo

Introdução: A depressão é descrita como uma psicopatologia ligada diretamente com ansiedade, tristeza profunda, cansaço persistente, apatia, sofrimento emocional e um conjunto de sentimentos negativos que são apresentados pelo paciente ao longo da afecção. Ela pode ser desencadeada por muitos fatores, como estresse, cobranças e expectativas. Observa-se que esses fatores, muitas vezes, estão presentes no meio acadêmico. Objetivo: Observar os desencadeantes da depressão em estudantes universitários do Curso de Medicina e analisar se há a presença de uma assistência aos estudantes acometidos por ela. Metodologia: Esta pesquisa foi de abordagem qualitativa e assumiu um caráter descritivo. Os dados deste estudo foram coletados por meio de pesquisa bibliográfica disponibilizada nos capítulos do livro Atendimento psicológico ao estudante de medicina: técnica e ética (BALDASSIN et al., 2012). Em tais análises foram priorizadas a associação do tema depressão com a vida acadêmica dos estudantes de Medicina, a grade curricular desses alunos e seus gêneros. Resultados: Por meio dos estudos percebeu-se que os acadêmicos de Medicina são acometidos por diferentes provocadores de estresse, de ansiedade e de depressão. No segundo ano da graduação, por exemplo, observou-se que alguns alunos já demonstram preocupações referentes à obtenção de um bom currículo e/ou aos primeiros contatos que precisarão ter com os pacientes (BALDASSIN et al., 2012). Já no sexto ano identificou-se que os estudantes apresentam escasso tempo para os estudos, e suas preocupações voltam-se para os exames de residência (BALDASSIN et al., 2012). Entre as disciplinas que causam mais estresse – que pode evoluir para um quadro depressivo – encontraram-se as de Cirurgia e de Anatomia (BALDASSIN et al., 2012). Sobre o gênero, é conhecido que transtornos depressivos e ansiosos estão mais estagnados no sexo feminino; as taxas são entre duas e três vezes maiores se comparadas ao sexo masculino (BALDASSIN et al., 2012). Em relação aos centros de apoio, uma pesquisa realizada por Baldassin et al. (2012) constatou que entre as 164 escolas médicas – sendo que 128 destas concluíram o levantamento – apenas 65 possuem algum tipo de atendimento psicológico ou pedagógico aos alunos, sendo as regiões Sudeste e Sul as com maiores amostras. Conclusão: Conclui-se com o estudo que mesmo que os desencadeantes da depressão estejam bem atrelados às Universidades, e mais especificamente ao Curso de Medicina, as instituições de ensino ainda possuem poucos centros de apoio para os estudantes. Médicos em formação que não tratem seus sintomas depressivos podem tornar-se futuros profissionais médicos com problemas emocionais e/ou comportamentais.

Palavras-chaves: Depressão. Acadêmicos. Área da saúde. Fatores desencadeadores da depressão.

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Referências

BALDASSIN, Sérgio et al. Atendimento Psicológico aos Estudantes de Medicina: Técnica e Ética. São Paulo: EDIPRO, 2012.

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Publicado

2018-10-02

Como Citar

Zancanaro, I., Both, L. O., & Feldkercher, N. (2018). Depressão e a vida acadêmica: uma revisão de literatura. Anais De Medicina, (1), 43–44. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/anaisdemedicina/article/view/19020

Edição

Seção

Resumos