Prevalência de multimorbidade em idosos residentes na comunidade

Autores

  • Lucimara Fátima Lopes de Andrade Bongiovani Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Natália Miotto Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Louise Oliveira Stangherlin Antunes Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Márcia Terezinha da Rocha Restelatto Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Vilma Beltrame universidade do oeste de santa catarina https://orcid.org/0000-0002-9639-6403

Resumo

Introdução: Relato parcial da pesquisa em andamento intitulada multimorbidade em idosos: associação com polifarmácia e uso dos serviços de saúde, contemplado no Edital n. 14/Unoesc-R/2018, UNIEDU (Art. 170). As condições crônicas e as doenças não transmissíveis são a principal causa de morbidade e incapacidade em todo o mundo. No Brasil, são responsáveis por 72% das causas de óbitos, atingindo de forma mais intensa os idosos. O termo multimorbidade é usado para caracterizar a coexistência de duas ou mais condições que afetam a saúde do indivíduo, sem privilegiar essa ou aquela, ou sem que nenhuma delas possa ser considerada como problema principal. Objetivo: Caracterizar a prevalência de multimorbidade em idosos residentes na comunidade. Metodologia: Estudo realizado com 101 idosos participantes de grupos de idosos do perímetro urbano do Município de Joaçaba. Os dados foram coletados em julho de 2018 por meio de questionário estruturado aplicado pelas pesquisadoras, durante os encontros dos idosos, em que se obtiveram as informações demográficas e de saúde. Os dados quantitativos foram descritos por média e desvio-padrão e os categóricos por contagens e percentuais. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Unoesc com Parecer n. 2.690.436. Resultados: a idade variou de 60 a 90 anos, com média de 69,3 (±5,47). A faixa etária predominante foi de 65 a 69 anos, com 35,6% (n=36), seguida da de 70 a 79 anos, com 28,7% (n= 29) dos participantes. A prevalência de idosos longevos (80 anos ou mais) foi de 4%. O sexo feminino prevaleceu com 76,2% (n=77). O total de multimorbidade variou de duas a nove condições crônicas por idoso. 6,9% (n=7) referiram não ter nenhuma condição crônica diagnosticada, e 18,8% (n= 19) referiram possuir apenas uma, assim, encontrou-se uma prevalência de 74,3% (n=75) de idosos com multimorbidade. Desses, 65,3% (n=66) referiram possuir de duas a cinco condições crônicas, e 8,9% (n=9), possuir mais de cinco. As condições crônicas mais referidas foram Hipertensão Arterial, com 73,3% (n=74), Diabetes Mellitus, com 45,5% (n=46), Hiperlipidemia, com 27,7% (n=28), problema osteomuscular (artrite, artrose, reumatismo e problemas na coluna), com 26,7% (n=27), e depressão, com 18,8% (n=19). Conclusão: Apesar da maioria dos participantes deste estudo se encontrar em faixa etária considerada “idoso jovem”, apresentam alta prevalência de multimorbidade, demonstrando a necessidade de uma avaliação geriátrica, em que são examinadas não somente as características da doença, mas também a capacidade para as atividades básicas e instrumentais de vida diária, para a elaboração de um plano de atendimento individual, objetivando a independência e a autonomia, pelo maior tempo possível na vida dos idosos.

Palavras-chave: Doença crônica. Gerontologia. Avaliação geriátrica.

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Biografia do Autor

Vilma Beltrame, universidade do oeste de santa catarina

professora do curso de enfermagem

professora do mestrado em Biociencias na saúde

Graduada em enfermagem

mestrado em assistência de enfermagem

Doutorado em gerontologia biomédica

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Publicado

2018-10-02

Como Citar

Bongiovani, L. F. L. de A., Miotto, N., Antunes, L. O. S., Restelatto, M. T. da R., & Beltrame, V. (2018). Prevalência de multimorbidade em idosos residentes na comunidade. Anais De Medicina, (1), 85–86. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/anaisdemedicina/article/view/19010

Edição

Seção

Resumos