Perfil epidemiológico e classificação de risco do paciente atendido na emergência do Hospital Universitário Santa Terezinha por tentativa de suicídio
Resumo
Introdução: O suicídio pode ser definido como um ato realizado pela própria pessoa com o objetivo final de terminar com a sua existência, de forma consciente e proposital, mesmo que incerto, utilizando métodos letais. As tentativas, planos e pensamentos são, também, enquadrados em ideação suicida. Somando um milhão de casos anuais, o suicídio está entre as principais causas de morte no mundo, sendo considerado um importante problema de saúde pública, e o Brasil encontra-se entre os 10 países com os mais altos registros de autodestruição, segundo averiguou a OMS (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA, 2014; MACHADO; SANTOS, 2015; BOTEGA, 2014). Objetivos: Traçar o perfil epidemiológico e classificar o risco do paciente que tentou suicídio e foi atendido no serviço de emergência do Hospital Universitário Santa Terezinha e, também, observar qual gênero e faixa etária se demonstra mais susceptível às tentativas de suicídio na região de estudo e detectar presença de transtornos psiquiátricos nos pacientes que atentaram contra a própria vida. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa transversal não intervencionista, a qual terá como população de estudo todos os pacientes que atentaram contra a própria vida, maiores de 18 anos, atendidos por acadêmicos e médicos plantonistas do serviço de emergência do Hospital Universitário Santa Terezinha, de Joaçaba, SC, no período de 10 a 18 de agosto de 2018. Foram utilizados dois questionários para a coleta de dados, sendo um deles epidemiológico, que leva em conta dados como escolaridade, idade, profissão, região onde reside e estado civil, e o questionário TASR, padronizado para classificação de risco dos pacientes estudados na amostra. Resultados: No período entre 10 e 18 de agosto de 2018 foram avaliados três pacientes do sexo feminino, dois terços ente 18 e 30 anos e um terço entre 31 e 45 anos, todos moradores da área urbana, sendo um desempregado, um trabalhador rural e um trabalhador em indústria. A respeito da escolaridade, 66,67% apresentam ensino médio completo e 33,33% ensino médio incompleto. Sobre a classificação de risco, os três enquadram-se em alto risco, e notou-se, também, presença de doença psiquiátrica diagnosticada em dois terços da amostra. Conclusão: Conclui-se, em relação ao perfil epidemiológico, até o momento, maior prevalência no sexo feminino jovem, entre 18 e 30 anos, com maior incidência em ensino médio completo e moradores da área urbana, distribuição diversificada em relação à profissão, os quais podem ser classificados como alto risco e, também, apresentam doença psiquiátrica diagnosticada na maioria da amostra.
Palavras-chave: Suicídio. TASR. Perfil epidemiológico.
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Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA. Suicídio: Informar Para Prevenir. Brasília: Conselho Federal De Medicina, 2014. Disponível em: <https://www.cvv.org.br/wp-content/uploads/2017/05/suicidio_informado_para_prevenir_abp_2014.pdf>. Acesso em: 12 mar. 2018.
BOTEGA, N. J. Comportamento suicida: epidemiologia. Rev. Psicologia USP, São Paulo, v. 25, n. 3, p. 231-236, set/dez. 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pusp/v25n3/0103-6564-pusp-25-03-0231.pdf>. Acesso em: 15 mar. 2018.
MACHADO, D. B.; SANTOS, D. N. Suicídio no Brasil, de 2000 a 2012. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, Rio de Janeiro, v. 64, n. 1, p. 45-54, jan./mar. 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/jbpsiq/v64n1/0047- 2085-jbpsiq-64-1-0045.pdf>. Acesso em: 15 mar. 2018.
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