Comparação da prevalência de mortes por neoplasias nas cinco regiões de saúde do Oeste de Santa Catarina

Autores

  • Jovani Antonio Steffani Professor do curso de medicina e pesquisador Doutor do Programa de Mestrado em Biociências e Saúde da Unoesc. https://orcid.org/0000-0002-0914-7434
  • Tuany Eichwald Mestranda do Programa de Mestrado em Biociências e Saúde da Unoesc.
  • Diego de Carvalho Professor do curso de medicina e pesquisador Doutor do Programa de Mestrado em Biociências e Saúde da Unoesc.
  • Luciano Schomoeller Acadêmico do curso de Medicina da Unoesc.
  • Yago Pimenta Acadêmico do curso de Medicina da Unoesc.
  • Aline Remor Professor do curso de medicina e pesquisador Doutor do Programa de Mestrado em Biociências e Saúde da Unoesc.

Resumo

Introdução: A análise do perfil de morbi-mortalidade que resulta da interação de diversos fatores é um indicador relativamente sensível para a análise das condições de vida e saúde/doença de uma população. Estudos feitos em países desenvolvidos, onde a transição epidemiológica se completou há mais tempo, mostraram que mesmo as doenças cardiovasculares, as neoplasias e as causas externas apresentam incidência e prevalência desiguais entre regiões e grupos populacionais. Objetivo: Comparar a prevalência da mortalidade por neoplasias entre as cinco regiões do Oeste de Santa Catarina: Extremo-Oeste (30 municípios), Oeste (26 municípios), Xanxerê (21 municípios), Alto Uruguai (13 municípios) e Meio-Oeste (20 municípios). Metodologia: Os indicadores foram coletados a partir do departamento de informática do SUS (DATASUS) e tabulados por meio do programa TabNet. Os dados foram consolidados de 2008 a 2014 por constarem no sistema todas as informações de todos os municípios das regiões pesquisadas para esse período. Como as informações relativas aos anos 2015 e 2016 ainda não foram disponibilizadas para todos os municípios e regiões pelo DATASUS, não foram incluídas na pesquisa. A população aproximada de cada uma das regiões foi obtida por meio da consulta à plataforma digital Datapedia (www.datapedia.info/public/). A análise da prevalência foi realizada pela divisão do número de indivíduos afetados (mortes por neoplasias), pelo número total de indivíduos da região. Para a análise estatística utilizou-se o teste exato de Fisher, considerando-se o nível de significância estatística de 5% (p < 0,05). Resultados: Os resultados evidenciaram que para a região Extremo-Oeste, com população aproximada de 224.607 habitantes, a prevalência foi de 1.962 casos de mortes por neoplasias (0,87%). Na região Oeste, com 329.680 habitantes, a prevalência foi de 2.568 mortes (0,78%). Na região de Xanxerê, com 190.660 habitantes, a prevalência foi de 1.462 mortes (0,77%). E quanto às regiões do Meio-Oeste e do Alto Uruguai, com populações de 181.521 e 138.660, houve a ocorrência de 1.547 (0,85%) e de 1.235 mortes (0,89%), respectivamente, por conta das neoplasias. Conclusão: Conclui-se que há prevalência de mortes por neoplasias de modo desigual entre as regiões estudadas, haja vista a diferença estatisticamente significativa (p= 0.000124) entre a região de maior prevalência de mortes por neoplasias, que foi a do Alto Uruguai, com prevalência de 0,89%, e a de menor prevalência, que foi a região de Xanxerê, com prevalência de 0,77%.

Palavras-chave: Saúde das populações. Mortalidade. Neoplasias.

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Biografia do Autor

Jovani Antonio Steffani, Professor do curso de medicina e pesquisador Doutor do Programa de Mestrado em Biociências e Saúde da Unoesc.

Possui graduação em Fonoaudiologia pela Universidade do Vale do Itajaí (1996), Especialização em Morfofisiologia pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Aperfeiçoamento em Biossegurança pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ - RJ), Especialização em Audiologia Clínica pela Conselho Federal de Fonoaudiologia, Mestrado em Ergonomia pela Universidade Federal de Santa Catarina (2000) e Doutorado em Ergonomia pela Universidade Federal de Santa Catarina (2005). Atualmente é Audiologista do Hospital Universitário Santa Terezinha de Joaçaba e da Audiomed Centro de Diagnóstico Otoneurológico. Professor titular da Universidade do Oeste de Santa Catarina do curso de Medicina nas disciplinas de Morfofisiologia Humana I e II. Tem experiência docente na área de Ciências da Saúde, com ênfase em Fisiologia Humana, Ergonomia e Saúde do Trabalhador, Neurofisiologia, e Morfofisiologia Humana. Como a base da Ergonomia é o estudo da anatomia e da fisiologia dos órgãos e sistemas para a adequada adaptação do ambiente e do trabalho às condições psico-fisiológicas do homem, realiza pesquisas nos campos que envolvem a saúde do trabalhador, organização do trabalho e processos de trabalho, relacionando a morfofisiologia ao ambiente de trabalho, ao trabalho e à saúde do trabalhador. Desenvolve pesquisas tanto epidemiológicas quanto clínicas junto ao grupo de pesquisas denominado Laboratório de Planejamento e Gestão de Saúde das Populações, cadastrado no CNPq. Membro avaliador de cursos e instituições de ensino do INEP/DAES/CGACGIES/SINAES - Nomeado através da Portaria MEC N. 1.751, de 27 de outubro de 2006.

Referências

BRIGGS, R.; LEONARD IV, W. A. Mortality and ecological structure: a canonical approach. Social Science and Medicine, v. 11, p. 757-762, 1977.

WOOD, C. H.; CARVALHO, J. A. M. The Demography of Inequality in Brazil. Cambridge: Cambridge University Press, 1988.

WAGNER, M. B. Medindo a ocorrência da doença: prevalência ou incidência? Jornal de Pediatria,v. 74, p. 157-162, 1998.

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Publicado

2018-03-21

Como Citar

Steffani, J. A., Eichwald, T., Carvalho, D. de, Schomoeller, L., Pimenta, Y., & Remor, A. (2018). Comparação da prevalência de mortes por neoplasias nas cinco regiões de saúde do Oeste de Santa Catarina. Anais De Medicina. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/anaisdemedicina/article/view/15897

Edição

Seção

Resumos