Estresse em acadêmicos do Curso de Medicina nas fases finais do curso

Autores

  • Ana Julia Chiochetta UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA - UNOESC
  • Scheila Beatriz Sehnem UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA - UNOESC

Resumo

Introdução: O termo estresse veio da Física e foi introduzido na medicina para nomear o conjunto de reações que um organismo desenvolve ao ser submetido a uma situação que exige um esforço adaptativo. Uma definição operativa sugere que o estresse seja a resposta adaptativa do organismo às pressões internas e externas. O estresse está presente em diversas pessoas, sociedades e contextos, sem distinções. As reações leves de estresse podem induzir a uma resposta fisiológica do corpo, que pode proporcionar vantagens ao ser humano. Por outro lado, em níveis elevados, podem associar um desgaste capaz de gerar mal-estar físico, mental e psíquico. O estresse pode acontecer em todos os momentos do desenvolvimento, e diversas situações podem se tornar gatilho para o aparecimento de sintomas considerados patológicos. O ingresso na universidade pode ser um desses gatilhos, e especificamente no Curso de Medicina, as variáveis determinantes como fontes de estresse parecem se acentuar, como a sobrecarga curricular, o ambiente hospitalar, falta de tempo e de lazer, novos ciclos de amizades, novos horários, situação financeira, novos ambientes, afastamento de seu ambiente familiar, preocupação com o mercado de trabalho, entre outros. Objetivo: Verificar o nível de estresse dos alunos de medicina da 10ª fase de uma universidade do Meio-Oeste catarinense, uma vez que, nesse período, segundo a matriz curricular do curso, há um acúmulo de atividade em decorrência do trabalho de conclusão de curso, do estágio ambulatorial, do estágio hospitalar e do estágio de residência acadêmica. Metodologia: O trabalho de investigação configurou-se como uma pesquisa descritiva, que ocorreu no primeiro semestre do ano 2016, em uma Universidade do Oeste de Santa Catarina, com um total de 23 acadêmicos entre 18 e 43 anos. Para a coleta de informações, foram utilizados dois instrumentos, sendo o Manual do Inventário de Sintomas de Stress para os Adultos de Lipp (ISSL) e um questionário semiestruturado elaborado pelas pesquisadoras. Resultados: Os resultados deste trabalho de investigação apontaram que mais da metade dos alunos entrevistados possui estresse, evidenciando a fase de resistência e sendo unânime a predominância de sintomas psicológicos. Conclusão: Conclui-se que é de suma importância o apoio psicológico nessa fase, para que os acadêmicos, por meio da psicoterapia, desenvolvam estratégias para enfrentar as situações, aumentem a autoconfiança, estimulem a concentração, elevem a autoestima e, consequentemente, tenham um maior aproveitamento do curso e maior qualidade de vida.

Palavras-chave: Estresse. Medicina. Acadêmicos.

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Biografia do Autor

Ana Julia Chiochetta, UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA - UNOESC

Graduada do Curso de Psicologia. Universidade do Oeste de Santa Catarina; anajuchio@hotmail.com

Scheila Beatriz Sehnem, UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA - UNOESC

Mestre em Educação pela Unoesc – Campus de Joaçaba e professora do Curso de Graduação em Psicologia da Unoesc – Campus de Joaçaba; scheila.sehnem@unoesc.edu.br

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Publicado

2018-03-21

Como Citar

Chiochetta, A. J., & Sehnem, S. B. (2018). Estresse em acadêmicos do Curso de Medicina nas fases finais do curso. Anais De Medicina. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/anaisdemedicina/article/view/15831

Edição

Seção

Resumos