Resistência de bactérias do trato urinário a antibióticos nos hospitais do Estado de Santa Catarina

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Resumo

Introdução: A resistência bacteriana a antibióticos tem se configurado como um problema de saúde pública nos últimos anos. O uso indiscriminado de medicamentos por dúvidas de diagnóstico, bem como a automedicação são alguns dos fatores que corroboram tal fenômeno. Objetivo: Relatar, entre as bactérias causadoras de infecções urinárias nos hospitais de Santa Catarina, quais são resistentes a determinados antibióticos e quais seriam as causas que as levaram a desenvolver tal resistência. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica em que se utilizou a busca on-line de artigos nas bases científicas Scielo, Google acadêmico e pubmed, no período de 2000 a 2010, utilizando-se as palavras-chave: antibióticos, resistência, bactérias, trato urinário, Santa Catarina. Resultados: No Estado de Santa Catarina, as infecções urinárias são as mais comuns. Segundo Blatt e Miranda (2005), a etiologia de tais infecções demonstra que a E. coli é predominante, com 54%; seguida de Klebsiella spp., (12%); P. aeruginosa (9%); Enterobacter spp. (6%); Proteus spp. (4%); Acinetobacter spp. (2%); Candida albicans (1%); e outros microrganismos (12%), com Staphylococcus, Enterococcus e outros Gram-negativos. As resistências mais evidentes ocorrem com os antibióticos ampicilina (60% de resistência da E. colli e 77,7% da Klebsiella spp) e sulfazotrim (54,7% de resistênca da E. colli e 46,6% de resistência da Klebsiella spp), sendo a bactéria Enterobacter spp. altamente resistente a vários grupos de antibióticos (BLATT; MIRANDA, 2005). Conclusão: Os resultados encontrados sugerem que tal problema deriva da pressão seletiva que humanos aplicam às bactérias. A principal causa dessa pressão é o emprego clínico, a automedicação e a prescrição desnecessária de antibióticos por médicos que tornam a problemática um agravante para a saúde pública (DIAS; MONTEIRO; MENEZES, 2010). Conclui-se que a educação continuada dos profissionais de saúde e da população em geral seja uma alternativa para aliviar a pressão seletiva exercida sobre as bactérias e sua resistência.

Palavras-chave: Resistência bacteriana. Medicamentos. Trato urinário.

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Referências

BLATT, J. M.; MIRANDA, M. do C. Perfil dos microrganismos causadores de infecções do trato urinário em pacientes internados. Rev Panam Infectol., v. 7, n. 4, p. 10-14, 2005.

DIAS, M.; MONTEIRO, M. S.; MENEZES, M. F. Antibióticos e resistência bacteriana, velhas questões, novos desafios. Cadernos de Otorrinolaringologia: clínica, investigação e inovação. Lisboa, dez. 2010.

TAVARES, W. Bactérias gram-positivas problemas: resistência do estafilococo, do enterococo e do pneumococo aos antimicrobianos. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical., Rio de Janeiro, v. 33, n. 3, p. 281-301, maio/jun. 2000.

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Publicado

2018-03-21

Como Citar

Lanzini, M., Pereira, E. L., Britto, R. C., & Benin, V. H. (2018). Resistência de bactérias do trato urinário a antibióticos nos hospitais do Estado de Santa Catarina. Anais De Medicina. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/anaisdemedicina/article/view/15819

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Resumos