Transtorno de ansiedade generalizada na infância e na adolescência
Resumo
Introdução: O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) caracteriza-se pela presença de preocupações excessivas e incontroláveis sobre diferentes aspectos da vida. Objetivo: Esta pesquisa denota uma investigação com o objetivo de analisar o TAG na infância e na adolescência. Metodologia: Este trabalho foi realizado por meio de uma pesquisa bibliográfica a fim de sumarizar os resultados já obtidos e gerar conclusões a partir destes. Para a obtenção do material, foi realizada uma busca detalhada utilizando bases de dados, com bibliografias publicadas no período de 2000 a 2012, escritas nos idiomas português e inglês e com ferramentas de filtragem para revisões bibliográficas, textos completos gratuitos e que contenham as palavras-chave no título. Projeto de Pesquisa apresentado por método PBL nos componentes curriculares de Metodologia Científica, Metodologia da Pesquisa e Produção de Textos. Resultado: Com base nas análises dos diferentes estudos, constatou-se que crianças e adolescentes com TAG são “mini-adultos” em razão da preocupação em excesso com compromissos, da rígida aderência a regras, ou por suas perguntas referentes aos perigos inerentes às situações. Como consequência disso, essas crianças tendem a faltar seus compromissos com maior frequência ou mesmo a abandonar suas atividades diárias. Vale ressaltar que o tratamento desse transtorno consiste em uma abordagem multimodal. Em relação ao TAG na infância e adolescência, observou-se que a distribuição desse transtorno entre os sexos é equivalente. Além disso, os estudos apontaram que essa doença se manifesta em duas ordens: fisiológica (agitação, tensão muscular, taquipneia) e cognitiva (autocrítica exagerada, perfeccionismo, atenção e vigilância redobrada a determinados aspectos do meio, pensamentos de possíveis desgraças e outros). É importante lembrar que a ansiedade estudada não é especifica a um único ambiente, ou seja, pode ser percebida nos mais diversos locais frequentados por esse público. Em relação ao tratamento, foi observado que para sua maior eficácia é imprescindível uma abordagem multimodal, a qual é formada por terapia cognitivo-comportamental, psicoterapia dinâmica, uso de psicofármacos e intervenções familiares. Entre as medidas medicamentosas, por meio de estudos abertos, destacam-se melhoras significativas dos sintomas com o uso de Fluoxetina e Buspirona. Conclusão: Com base na revisão realizada, constata-se que o TAG é um grave problema na infância e na adolescência, já que é nessa fase da vida que existem situações causadoras de ansiedade para eles, afinal, esses indivíduos estão sendo expostos a situações novas, as quais até então inexistiam na vida familiar.
Palavras-chave: Ansiedade. Transtorno. Preocupação em excesso. Infância. Adolescência.
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Referências
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