Agorafobia ou transtorno de pânico?
Resumo
Introdução: A agorafobia é considerada uma doença da saúde mental caracterizada por manifestações de medo e insegurança perante ambientes abertos. A doença pode causar o isolamento total do paciente, deixando-o impossibilitado até mesmo de trabalhar. Objetivo: Analisar as complicações e limitações do agorafóbico, compreendendo como as dificuldades se apresentam e quais são elas, e, ainda, identificando a diferença entre a agorafobia e o transtorno do pânico, bem como seu tratamento. Metodologia: Realizou-se um levantamento de dados nacionais e internacionais por meio das publicações na área da saúde em base de dados científicos realizados por meio da metodologia ativa Problem Based Learning (PBL). Resultados: A agorafobia, conforme a American Psychiatric Association (BARLOW, 2016), é definida pela apreensão a respeito de situações das quais pode ser difícil escapar. Segundo Barlow (2016), ela se desenvolve principalmente no fim da adolescência e início da fase adulta, além disso, o agorafóbico apresenta como necessidade básica se manter acompanhado, para sentir-se mais seguro. De acordo com o CID 10 (NETO; ELKIS, 2007), a doença tem sintomas parecidos com o pânico, como sensação de mal-estar, palpitações e sudorese, mas difere deste, pois no ataque de pânico não existe uma situação específica, os episódios são imprevisíveis (KNAPP, 2004). Em conformidade com Barlow (2016), o tratamento do paciente ocorre de duas maneiras: pelo uso de medicamentos e, também, por meio de terapia cognitivo-comportamental; ambas exigem acompanhamento da evolução e da adaptação do paciente. Conclusão: Constata-se que a agorafobia atinge o doente em período de idade ativa da vida, como a formação profissional. Ademais, pelo agorafóbico sentir-se seguro quando acompanhado, a doença impõe limites também àqueles que convivem com ele. Observou-se que a diferença entre a agorafobia e o transtorno de pânico apresenta-se por este não estar associado a exercícios ou à exposição a situações perigosas. Assim, a doença deve ser tratada visando à melhoria da qualidade de vida do agorafóbico.
Palavras-chave: Agorafobia. Limitações. Sintomas. Tratamento.
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Referências
BARLOW, D. H. (Org). Manual Clínico dos Transtornos Psicológicos: Tratamento Passo a Passo. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.
D’EL REY, G. J. F. Exposição ao Vivo no Tratamento de Agorafobia: Relato de Caso. Psicologia Ciência e Profissão, São Paulo, p. 80-85, 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pcp/v22n4/10.pdf>. Acesso em: 28 abr. 2017.
KNAPP, P. et al. Terapia Cognitivo-Comportamental na Prática Psquiátrica. Porto Alegre: Artmed, 2004.
NETO, M. R. L. et al. Psiquiatria Básica. 2. ed. Porto Alegre: Ed. Artmed, 2007.
RODRIGUES, T. G; PEREIRA, M. E. C. Legran du Saulle: da agorafobia ao medo dos espaços. Rev. Latinoam. Psicopat. Fund., São Paulo, v. 14, n. 2, p. 309-317, jun. 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rlpf/v14n2/08.pdf>. Acesso em: 28 abr. 2017.