BENEFÍCIOS DO MÉTODO CANGURU NO ATENDIMENTO DO RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMO

Autores

  • Denis Conci Braga Unoesc
  • Gabrielle Trevisan Unoesc
  • Luan Wastner Pereira Unoesc
  • Lúcio Jary Almeida de Moraes Universidade do Oeste de Santa Catarina

Resumo

O contato pele a pele do recém-nascido com sua mãe, denominado Método Canguru (MC), criado na Colômbia no final da década de 1970, a cada ano tem se difundido por diversos países. Esse método merece grande apoio, pois gera benefícios no desenvolvimento dos recém-nascidos pré-termos. O método deve ser bastante estimulado, já que possui baixo custo e fácil aplicabilidade e proporciona melhorias nos sinais vitais, oxigenação tecidual, aumento da interação da criança com meio ambiente e com os familiares e humanização do atendimento neonatal. Objetivou-se, com este estudo, analisar e relatar os benefícios no desenvolvimento dos recém-nascidos pré-termos submetidos ao Método Canguru, e, para isso, realizou-se uma revisão de literatura na base de dados SciELO. O Método Canguru, criado em Bogotá em 1979, tinha como objetivos iniciais reduzir a falta de recursos hospitalares como incubadoras, promover alta precoce e reduzir os índices de infecções e mortalidade neonatal. Ao se perceberem os benefícios, o método começou a se difundir em diversos países, tanto em desenvolvidos quanto em subdesenvolvidos. No Brasil, o MC começou a ser empregado no inicio dos anos 1990, no Hospital Guilherme Álvaro, em Santos, SP, e no Instituto Materno-Infantil de Pernambuco (VENANCIO; ALMEIDA, 2004, p. 172-73). Para ampliar a utilização do MC e reduzir os danos do internamento neonatal, em todo território nacional, o Ministério da Saúde, em 1999, tornou-o Política Nacional de Saúde, no contexto da humanização da assistência neonatal (LAMY et al., 2005). Este método não é apenas uma posição na qual o recém-nascido é colocado, mas ocorre em três etapas, sendo elas na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), em Unidades Intermediárias (UI) e no Acompanhamento Ambulatorial. Esse método já mostrou benefícios em alguns parâmetros, como sinais vitais, frequência respiratória, frequência cardíaca, saturação de oxigênio, entre outros. Além disso, propicia ao neonato e aos familiares a oportunidade de uma melhor interação e aprendizado dos pais com a criança e uma estimulação positiva em todos os aspectos do desenvolvimento do neonato (OLMEDO et al., 2012). Apesar de apresentar tantas vantagens o MC apresenta problemas, como a capacidade técnica dos profissionais que auxiliam durante o método e os recursos necessários para sua realização. A participação dos familiares deve ocorrer da forma mais harmoniosa possível, tanto no ambiente hospitalar quanto no domiciliar, garantindo-os, assim, maior conforto, segurança e apoio por parte dos profissionais de saúde (ARIVABENE; TYRRELL, 2010, p. 130-136). O Método Canguru tem sido utilizado em diversos países do mundo, e os estudos realizados sobre o seu emprego demonstram grandes benefícios para os recém-nascidos pré-termos, tanto nos aspectos físicos, como a melhora na estabilização clínica, quanto por meio da geração de estímulos neurológicos à criança. Esse método, que visa aumentar a humanização no atendimento neonatal, desenvolvido em três etapas, favorece a formação de vínculo afetivo familiar e um desenvolvimento mais adequado dos recém-nascidos pré-termos.

Palavras-chave: Método Canguru. Benefícios. Recém-nascido.

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Referências

ARIVABENE, João Carlos; TYRRELL, Maria Antonieta Rubio. Método mãe canguru: vivências maternas e contribuições para a enfermagem. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Rio de Janeiro, v. 18, n. 2, mar./abr. 2010. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rlae/v18n2/pt_18>. Acesso em: 27 jul. 2016.

LAMY, Zeni Carvalho. et al. Atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso – Método Canguru: a proposta brasileira. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 10, n. 3, jul./set. 2005. Disponível em: <http://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S1413-81232005000300022&script=sci_arttext&tlng=pt>. Acesso em: 27 jul. 2016.

OLMEDO, Maiara Dantas. et al. Respostas fisiológicas de recém-nascidos pré-termo submetidos ao Metódo Mãe-Canguru e a posição prona. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v. 19, n. 2, apr./jun. 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-29502012000200005&lang=pt>. Acesso em: 27 jul. 2016.

VENANCIO, Sonia Isoyama; ALMEIDA, Honorina de. Método Mãe Canguru: aplicação no Brasil, evidências científicas e impacto sobre o aleitamento materno. Jornal de Pediatria, São Paulo, v. 80, n. 5, p.173-180, 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/jped/v80n5s0/v80n5s0a09>. Acesso em: 27 jul. 2016.

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Publicado

2016-10-26

Como Citar

Conci Braga, D., Trevisan, G., Wastner Pereira, L., & Almeida de Moraes, L. J. (2016). BENEFÍCIOS DO MÉTODO CANGURU NO ATENDIMENTO DO RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMO. Anais De Medicina. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/anaisdemedicina/article/view/12068

Edição

Seção

Resumos