ASSOCIAÇÃO ENTRE ALEITAMENTO MATERNO E INTERNAÇÕES POR PNEUMONIA EM CRIANÇAS MENORES DE UM ANO NO ESTADO DE SANTA CATARINA

Autores

  • Cristiane Marcelina Martini Unoesc
  • Sislai Saticq Unoesc
  • Denis Conci Braga Unoesc

Resumo

Desde os primórdios da espécie humana, a amamentação esteve presente em 99,9% de sua evolução. Assim, percebe-se o papel de importância que esta prática tem no desenvolvimento da vida (DUNCAN, 2013). Além das diversas funções protetoras do leite materno, este reduz a morbidade por infecção respiratória, ainda mais significativamente quando o aleitamento materno é exclusivo nos primeiros seis meses de vida (CAMPOS JÚNIOR; BURNS; LOPEZ, 2014). O objetivo neste trabalho foi verificar qual a associação entre amamentação e internação hospitalar por pneumonia em crianças menores de um ano no Estado de Santa Catarina. Para tal, a partir de dados coletados no Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB), Sistema de Informações Hospitalares (SIH) e Departamento de Informática do SUS (DATASUS), foram calculadas as taxas de aleitamento materno exclusivo, bem como as taxas de internação hospitalar por pneumonia em crianças menores de um ano. Quanto aos resultados, a taxa de crianças menores de quatro meses em aleitamento materno no período estudado foi de 77,86%, enquanto a média do número de internações hospitalares por pneumonia foi de 5,64 a cada 1.000 crianças menores de um ano de idade. Realizado o cálculo do coeficiente de Pearson (CP), que evidenciou uma correlação inversa (CP= -0,013), foi demonstrado que à medida em que há maiores taxas de aleitamento materno há diminuição da morbidade hospitalar por pneumonia. Assim, com tal achado, a pesquisa mostra que a realidade de Santa Catarina corrobora as referências atuais de que a amamentação de maneira exclusiva nos primeiros quatro a seis meses de vida protege a criança de evoluir com formas graves de doença respiratória, como a pneumonia (PASSANHA; MANCUSO; SILVA, 2010). Fatores socioeconômicos, culturais e comportamentais condicionam a amamentação na espécie humana, distanciando-a de ser uma prática universal. Com isso, crescentes taxas de mortalidade infantil em razão de doenças que podem ser evitadas com o aleitamento materno estão sendo observadas em países subdesenvolvidos (DUNCAN, 2013). Portanto, a amamentação deve ser encorajada, visando, além do fortalecimento do vínculo afetivo entre a mãe e seu filho, a diminuição das taxas de doenças infecciosas, principalmente respiratórias, como demonstrado nos resultados.

Palavras-chave: Aleitamento materno. Pneumonia. Infecção respiratória.

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Referências

CAMPOS JÚNIOR, Dioclésio; BURNS, Dennis Alexander Rabelo; LOPEZ, Fabio Ancona. Tratado de Pediatria. 3. ed. São Paulo: Manole, 2014. 3640p.

DUNCAN, Bruce Bartholow et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013. 1976p.

PASSANHA, Adriana; MANCUSO, Ana Maria Cervato; SILVA, Maria Elisabeth Machado Pinto e. Elementos protetores do leite materno na prevenção de doenças gastrintestinais e respiratórias. Revista brasileira de crescimento e desenvolvimento humano, São Paulo, v. 20, n. 2. 2010. Disponível em: < http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12822010000200017>. Acesso em: 06 set. 2016.

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Publicado

2016-10-26

Como Citar

Martini, C. M., Saticq, S., & Conci Braga, D. (2016). ASSOCIAÇÃO ENTRE ALEITAMENTO MATERNO E INTERNAÇÕES POR PNEUMONIA EM CRIANÇAS MENORES DE UM ANO NO ESTADO DE SANTA CATARINA. Anais De Medicina. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/anaisdemedicina/article/view/12058

Edição

Seção

Resumos