A DIPLOMACIA BRASILEIRA E AS DESCONTINUIDADES DA MATRIZ DA POLÍTICA EXTERNA NO GOVERNO DILMA ROUSSEFF

Autores

  • Kaline Zeni UNOESC

Resumo

Neste artigo analisa-se o elemento de mudança e o comportamento distinto do Governo Rousseff quanto à política externa evidenciada por um certo afastamento da característica da diplomacia presidencial fortemente conduzida pelo Governo Lula. A hipótese central deriva da teoria de Hermann (1990) de que a política externa ocorre por meio de dois cenários interligados, o nacional e o internacional. A metodologia aplicada é a sistematização da revisão teórica da obra de Hermann, para medir a partir da categorização dos agentes da mudança em quatro tipos: impulsionados pelo líder; por elementos na burocracia; por reestruturação doméstica; e por choques externos. Desse modo, a pesquisa procura responder em que medidas essa diferença pode ser percebida no contexto empírico das relações estabelecidas e da condução da agenda externa no Governo Dilma. Infere-se que há nitidamente uma descontinuidade percebida quanto aos conceitos e ao foco no que se refere ao comportamento assertivo e multilateral assumido no reposicionamento da política externa, ao status de system-affecting state e às práticas defendidos pelo Estado Brasileiro na Era Lula. Neste sentido, o suposto central é de que a trajetória de credibilidade e o prestígio internacional conquistados na última década nos organismos multilaterais pelo Governo Lula possa já sofrer uma dinâmica distinta e com possíveis perdas de credenciais na comunidade internacional.

Palavras-chave: Diplomacia presidencial. Recondução de política externa. Descontinuidade nas Eras Lula e Rouseff.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Kaline Zeni, UNOESC

Coordenadora Geral de Mobilidade acadêmica e cooperação internacional e  profa. no comércio exterior da UNOESC

Downloads

Publicado

2016-06-06

Como Citar

Zeni, K. (2016). A DIPLOMACIA BRASILEIRA E AS DESCONTINUIDADES DA MATRIZ DA POLÍTICA EXTERNA NO GOVERNO DILMA ROUSSEFF. Unoesc & Ciência - ACSA, 7(1), 7–14. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/acsa/article/view/10028