A aprendizagem e o trabalho médico: saberes e experiências

Autores

  • Izabella Barison Matos Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
  • Sayonara de Fátima Teston UNOESC
  • Morgana Pizzolatti Marins UNISC
  • Eliane Salete Filippim UNOESC

Palavras-chave:

Aprendizagem, Trabalho Médico, História de Vida

Resumo

Trata-se de um estudo sobre aprendizagem relacionada ao trabalho do médico, efetivado por meio da técnica de história de vida. O objetivo central foi compreender como ocorre a aprendizagem para o trabalho no decorrer da trajetória de vida de um médico. O conceito de aprendizagem é o de um processo contínuo, reflexivo a partir da experiência. O entrevistado relatou experiências que foram as mais marcantes da sua trajetória. Dentre elas: valorização e realização de trocas de experiência com colegas da mesma especialidade médica; a prática profissional como potencializadora da sua trajetória e da formação de novos médicos; orientação/mentor em diferentes momentos – desde a decisão de cursar medicina; busca de leituras e participação em eventos na área da especialidade; destaque da docência (graduação e pós-graduação) como forma de aprendizagem contínua e elemento motivador na sua formação, vista como aprendizado contínuo e progressivo. Nesta direção, a prática profissional é vista como impulsionadora da sua trajetória e da formação de novos médicos, que são seus alunos. Assim, a aprendizagem se dá, para esse médico por meio da reflexão contínua sobre as experiências que ocorrem no cotidiano médico, produzindo publicações conjuntas (colegas e alunos), revelando novas formas de aprender e ensinar para o trabalho.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Izabella Barison Matos, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Professora Associada

Doutora em Ciências – Saúde Pública (ENSP/FIOCRUZ)

Docente do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva(PPGCol)

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Sayonara de Fátima Teston, UNOESC

Instituição Universitária na qual atua: Universidade do Oeste de Santa Catarina

Cargo: Professora Mestrado Profissional em Administração

Maior titulação: Doutorado em Administração da Univali

Morgana Pizzolatti Marins, UNISC

Universidade de Santa Cruz do Sul, graduanda do curso de Medicina

Eliane Salete Filippim, UNOESC

Pós-doutora em Administração Pública e governo; Doutora em Engenharia de Produção e Sistemas, pesquisadora em Gestão de Pessoas, Administração Pública e Trabalho.

Referências

ANTONELLO, C. S. Aprendizagem na ação revisitada e sua relação com a noção de competência. Comportamento Organizacional e Gestão, Lisboa, v.12, n. 2, p. 199-220, 2006.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução n. 3, de 20 de junho de 2014, que institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina e dá outras providências. Brasília: Ministério da Educação, 2014.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES n. 3, de 7 de novembro de 2001. Diretrizes curriculares Nacionais dos cursos de Enfermagem, Medicina e Odontologia. Brasília: Distrito Federal, 2001.

BURSZTYN, I. Diretrizes Curriculares Nacionais de 2014: um novo lugar para a Saúde Coletiva? Cadernos ABEM, Brasília, v. 11, p. 7-19, 2015.

CLOSS, L. Q.; ANTONELLO, C. S. Teoria da aprendizagem transformadora: contribuições para uma educação gerencial voltada para a sustentabilidade. Revista de Administração Mackenzie, São Paulo, v. 15, n. 3, p. 221-252, 2014.

DEWEY, J. Democracy and education. New York: Macmillan, 2000.

DIAS, H. S.; LIMA, L. D.; TEIXEIRA, M. A trajetória da política nacional de reorientação da formação profissional em saúde no SUS. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 18, n. 6, p. 1613-1624, 2013.

FERLA, A. A.; MATOS, I. B.; PULGA V. L.; OLIVEIRA, M. C. Inovação na formação médica: contribuições para “novos” médicos na Atenção Básica. In: CETOLIN, S. F. (org). Saúde Pública – Doenças negligenciadas, milenares e emergentes. Porto Alegre: EdiPUCRS, Capítulo 7, p. 155-174, 2017.

FERREIRA, R. C.; SILVA, R. F.; AGUER, C. B. Formação do profissional médico: a aprendizagem na atenção básica de saúde. Rev bras educ med, Brasília, v. 31, n. 1, p. 52-9, 2007.

FEUERWERKER, L. C. M. O Movimento Mundial e Educação Médica: as Conferências de Edimburgh. Cadernos ABEM, Brasília, v. 2, p. 30-38, 2006.

FONSÊCA, G. S.; JUNQUEIRA, S. R. Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde: ressignificando a formação dos profissionais de saúde. Curitiba: Appris, 2014.

FREITAS, H.; OLIVEIRA, M.; SACCOL, A. Z.; MOSCAROLA, J. O método de pesquisa survey. Revista de Administração, Frederico Westphale, v. 35, n. 3, p. 105-112, 2000.

HENNRICHS, J. C.; PICCINI, R. A. B.; SPEORIN, P. C.; FILIPPIM, E. S. Aprendizagem sobre empreendedorismo sustentável analisada por meio da história de vida. Unoesc & Ciência - ACSA, Joaçaba, v. 7, p. 183-192, 2016.

JUNIOR, F. A. C.; MOURÃO, L. Suporte à aprendizagem informal no trabalho: uma proposta de articulação conceitual. Revista de Administração Mackenzie, São Paulo v. 12, n. 6, 2011.

LOBO, L. C. Inteligência artificial, o Futuro da Medicina e a Educação Médica. Rev. bras. educ. med., Brasília, v. 42, n. 3, p. 3-8, 2018.

MACHADO, M. H.; NETO, F. R. G. X. Gestão da Educação e do Trabalho em Saúde no SUS: trinta anos de avanços e desafios. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 23, n. 6, p. 1971-1980, 2018.

MINAYO, M. C. Prefácio Médicos: esses deuses com pés de barro. In: LAMPERT, J. B. Tendências de mudanças na Formação no Brasil: tipologia das escolas. São Paulo: Hucitec, 2002, p. 9-16.

NOGUEIRA, M. I. As mudanças na educação médica brasileira em perspectiva: reflexões sobre a emergência de um novo estilo de pensamento. Rev Bras Educ Med, Rio de Janeiro, v. 33, n. 2, p. 262-70, 2009.

OLIVEIRA, J. A. Uma proposta para reflexão da universidade sobre a educação médica no país. Revista Brasileira de Educação Médica, Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, p.6-9, 1998.

SAMPAIO, N. S.; ANDRADE, J. E.; BONATTI, C. Aprendizagem no Trabalho: pesquisa nas organizações públicas e privadas brasileiras. Psicología desde el Caribe, Barranquilla, Universidad del Norte, número especial, 2018.

SANTOS, N. R. SUS 30 anos: o início, a caminhada e o rumo. Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 23, n. 6, p. 1729-1736, 2018.

SHEFFER, M. Demografia Médica no Brasil 2018. São Paulo: FMUSP, CFM, Cremesp, 2018.

STELET, B. P.; ROMANO, V. F.; CARRIJO, A. P. B.; TEIXEIRA JUNIOR, J. E. Portfólio Reflexivo: subsídios filosóficos para uma práxis narrativa no ensino médico. Interface, Botucatu, v. 21, n. 60, p. 165-176, Mar. 2017.

TESTON, S. F. Como transformar rios em oceanos: uma proposta de preparação de sucessores para empresas familiares. 2014. 157 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Administração) – Universidade do Oeste de Santa Catarina, Chapecó, 2014.

TESTON, S. F.; FILIPPIM, E. S.; BENCKE, F. F. Aprendendo a Ser Sucessor: um Olhar sobre a Experiência. Perspectivas em Gestão & Conhecimento, João Pessoa, v. 6, n. 1, p. 155-174, 2016.

Downloads

Publicado

2020-06-29

Como Citar

Matos, I. B., Teston, S. de F., Marins, M. P., & Filippim, E. S. (2020). A aprendizagem e o trabalho médico: saberes e experiências. Unoesc & Ciência - ACSA, 10(2), 69–76. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/acsa/article/view/23122