A educação para a resistência: as contribuições de Adorno para a formação de professores
Palavras-chave:
Adorno, Resistência, Emancipação, Formação, EducaçãoResumo
O artigo discute os dilemas e desafios quanto à formação de professores a partir dos conceitos de Adorno. A pergunta central é: qual a importância do conhecimento filosófico para a formação de professores? A resposta a essa pergunta sustenta a tese de que os professores, mesmo os que não são das humanidades, devem produzir um pensamento filosófico crítico e emancipado sobre a realidade social e profissional. O objetivo é discutir a formação dos professores a partir do conceito de resistência apresentado por Adorno no livro Educação e Emancipação (ADORNO, 1995). Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa exploratória com corte teórico-bibliográfico. O universo da pesquisa e a fundamentação epistemológica é em Adorno (2009, 1995) e Adorno e Horkheimer (1985). Portanto, é possível pontuar que os professores, em sua etapa formativa, devem desenvolver capacidades que garantam que sejam intelectuais capazes de pensar, refletir e produzir conhecimentos coerentes sobre a realidade social e profissional. Dessa forma, qualquer formação de professores deve se preocupar com a solidez científica, com a linguagem culta e a identidade profissional como pressupostos para assegurar uma educação para a emancipação.
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Referências
ADORNO, T. W. Dialética Negativa. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.
ADORNO, T. W. Educação e Emancipação. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995.
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HABERMAS, J. A crise de legitimidade no capitalismo tardio. 2. ed. Rio de Janeiro: Edições Tempo Brasileiro, 2002.
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